MATERIAL PARA PRIMEIROS SOCORROS




IMOBILIZAÇÃO
Maca rígida em madeira com tirantes de fixação e suporte para cabeça
Colar cervical com regulagem de tamanho
Kit tala inflável (mão, pé, braço, perna)
Kit tala fácil aramada perna, braço e dedo
Bandagem Triangular
Jogo de ataduras pequena, média e grande
Esparadrapo e fita crepe
QUEIMADURA
Cobertor térmico aluminizado
Atadura de rayon
Gaze vaselinada (Adaptic)
Protetor para queimadura e envisceração
Soro Fisiológico
RESPIRAÇÃO
Ressuscitador Ambu Adulto
Abridor de boca
Mascara para RCP (Pocket Mask)
APOIO
Luvas de procedimento
Luvas Estéreis
Esfignomanometro
Estetoscópio
Espatula de madeira
Compressas estéreis
Curativo tipo Band Aid
Polvidine
Água oxigenada
Frasco de soro fisiológico
Pinça anatômica
Lanterna óptica
Tesoura multi uso com ponta romba
Termometro Clínico



FONTE: treinamentosfire

Ilustrações de CAETO para o livro, Primeiros socorros, De Drauzio Varella e Carlos Jardim, editora Claroenigma.

























Quais os procedimentos adequados de emergência a serem tomados no local do acidente?


Os procedimentos adequados são: 
• Verificar no local do acidente se não há riscos para o socorrista, como fios elétricos soltos, fumaças, líquidos inflamáveis e objetos cortantes que possam ferir quem vai fazer o atendimento. 
• Chamar um serviço médico de emergência (geralmente todas as indústrias fornecem este serviço com profissionais da saúde); 
• Acalmar-se e ganhar a confiança da vitima, avaliar seu estado de consciência e suas lesões e com a ausência destas funções realizar o ABC, sendo que a massagem cárdiaca requer treinamento com um profissional responsável, caso contrário,chamar a emergência o mais rápido possível. 

Leve os remédios na bagagem de mão

Tenha bem perto de você seus medicamentos. O horário de tomá-los é sagrado e não dá para contar com a sorte.

Em caso de emergência, você terá tudo que precisa.

Não coloque em sua bagagem de mão objetos cortantes, produtos corrosivos, venenos, produtos inflamáveis, material que cause irritação, esmaltes de unha, acetona ou fósforos e isqueiros. Os últimos devem ser carregados junto ao passageiro.


O peso desta não pode exceder 5 kg e seu tamanho deve ser de até 115cm de dimensão total (soma de altura, comprimento e largura).




Fonte:Viajando com Saúde
Fernando Lucchese.

Embarque com saúde

Um mês na Europa, uma semana ou um final de semana no sítio.

Chega uma hora em que o corpo e a mente precisam de descanso e viajar é um ótimo remédio.

Mesmo os que não gostam de se aventurar por lugares desconhecidos, são obrigados a confessar que sair da rotina renova as energias. Nada de horários e obrigações, porém uma responsabilidade é indispensável: cuidar da sua saúde durante a viagem e evitar dores de cabeça incuráveis por uma simples aspirina.


As expectativas de viajar, na maioria das vezes, impedem que pensemos que a lei de Murphy ("Se alguma coisa pode dar errado, certamente vai dar") se aplique. Ninguém vai para o Caribe e calcula ficar três dias de repouso porque levou uma picada de um mosquitinho não identificado, o que causou uma severa alergia.
Além das endemias (doenças infecciosas que se relacionam com determinadas regiões geográficas), que até certo ponto podem ser previstas, os viajantes muitas vezes têm de lidar com mudanças drásticas de temperatura - que podem causar desde desidratação até pneumonia. Acidentes também não são impossíveis de acontecer.
Por isso, é muito importante perguntar se sua agência de viagem possui um seguro-viagem, contrato que, mediante uma taxa, paga uma indenização pela ocorrência de um evento predeterminado. Por exemplo: acidente, doença, perda de malas e roubo.



Fonte: Vida e Saúde Terra


Faça um bom checkup

Não caia na armadilha de achar que você é "muito forte" ou de dizer que "não tem nada de errado". O ideal é fazer um checkup anual. Mas, se você não tem esse hábito, aproveite para corrigir seu erro antes de uma longa viagem.
Procure seu médico e teste sua capacidade de esforço; faça exames de sangue que incluam hemograma, colesterol, triglicérides, ácido úrico, glicose. Faça também um exame de urina. Se você for portador de alguma debilidade específica, deve revisá-la antes de viajar.
Aproveite para tirar dúvidas antigas, como aquela velha dor nas costas. Você pode ser hospitalizado durante a viagem após ter carregado uma mala pesada. No entanto, tenha cuidado com os procedimentos mais sérios: uma cirurgia, mesmo que pequena, mas ainda recente, pode atrapalhá-lo muito.


Não mude de dieta

Se você for diabético ou tiver alguma restrição a algum tipo de alimento, previna-se e leve consigo os alimentos que você pode comer.
Peça dietas especiais às companhias aéreas. Normalmente, elas podem ser solicitadas com 24 horas de antecedência na companhia que irá transportá-lo.

Há uma variedade de dietas disponíveis atendendo às exigências terapêuticas, tendências filosóficas ou religiosas, país e idade do viajante.

Não fique muito tempo sem comer. Querer emagrecer 7 quilos em uma semana é insanidade, mesmo que você não esteja viajando.


Não mude de medicamentos

Não se aventure, às vésperas da viagem, com medicamentos diferentes aos que você está acostumado porque seu organismo pode não reagir bem. Use e leve consigo os remédios tradicionais, que você e seu organismo já conhecem.
Carregue com você uma receita de seu médico e um laudo resumido com o nome de sua doença (se tiver) e os cuidados necessários.

Você facilitará a sua vida e a do médico que tiver que examiná-lo em uma situação de emergência, se dispuser do diagnóstico e informações sobre o caso.



Fonte: Viajando com Saúde - LPM editores
Fernando Lucchese

Seguro Viagem

Pode dar preguiça ir atrás do seguro e até vontade de economizar o dinheiro, caso não esteja incluído no pacote. Mesmo assim, se esforce. O barato pode sair caro. Abaixo algumas dicas para você escolher seu seguro:

• Escolha o seguro de viagem que tenha atendimento gratuito, 24 horas e em português;

• Verifique se médicos e hospitais oferecidos situam-se perto de onde você vai estar durante a viagem;

• Contrate a empresa que oferecer o maior valor para despesas médicas com a mais ampla cobertura de tipos de doença;

• Prefira as coberturas que incluam serviços de dentistas e remédios;

• Opte por quem oferece transporte em caso de urgência, de preferência sem distância limite de utilização.


Fonte: Viajando com Saúde - L&PM editores
médico e escritor Fernando Lucchese

Precauções gerais com o verão

• Sempre que possível, evite sair nos horários em que o sol estiver a pino, das 10h às 16h. Prefira sair de manhãzinha ou ao entardecer.

• Use filtro solar, sempre.

• Evite ficar exposto ao sol, procure caminhar pela sombra.

• Prefira uma alimentação leve: frutas suculentas, saladas - e, é claro, um sorvetinho para refrescar.

• Mantenha-se hidratado: beba bastante líquido, a toda hora. Nem espere a sede reclamar.

• Evite bebidas com cafeína, álcool ou muito açúcar. Eles vão fazer com que você perca ainda mais líqüido corporal.

• Facilite a transpiração: use roupas folgadas, de tecidos leves e claros.

• Uma boa idéia é incluir um chapéu ou boné no figurino.

• Também não se esqueça dos óculos escuros. Mas não adianta ser qualquer um: ele precisa ter proteção ultravioleta total para evitar queimaduras da córnea e da retina, que causam lesões irreversíveis.

• Para se refrescar nos momentos mais críticos procure, se puder, um ambiente público (shopping, biblioteca) com ar-condicionado. Mesmo que você não permaneça no local por muito tempo, essa providência vai ajudar a manter seu corpo mais fresco quando você tiver que retornar para o calor.

• Mas, para aliviar mesmo, nada melhor do que água. De acordo com suas possibilidades, lave rosto, nuca, braços e mãos, tome uma ducha fria, mergulhe na piscina ou tome um banho de mar.

• Tenha um cuidado ainda maior com bebês e crianças, maiores de 65 anos e pessoas doentes - especialmente cardíacos ou com pressão alta.





Em ambientes fechados

• Dentro de casa ou no trabalho, cuide para que haja bastante ventilação. Abra janelas e portas, deixando o ar circular.
• Ventilador e ar-condicionado garantem alívio. Se puder, use-os.
• Se estiver em casa, tome duchas frias durante o dia.
• No trabalho, vá freqüentemente ao banheiro lavar mãos, rostos, nuca e braços.


Na hora de malhar

• Sempre que possível, diminua a freqüência e a intensidade do esforço físico quando o dia estiver muito quente.
• Se estiver fora de casa ou da academia, escolha um local com sombra. Não malhe sob o sol.
• Procure se hidratar a cada 20 minutos. Isto é muito importante! Treinar ¿a seco¿ não trará nenhum benefício.
• O uso de agasalhos durante o treino não trará maior gasto energético ou maior perda de gordura. Agasalhos causam apenas desconforto e desidratação.
• Não se preocupe com a queda de rendimento se estiver muito sol e você malhar ao ar livre. Isto é absolutamente normal.


Na piscina e na praia

• Antes de nadar, tente descobrir se a piscina está tratada adeqüadamente com cloro e se a praia está própria para banho. Se não estiverem, evite.
• Não fique torrando sob o sol: não deixe a vaidade estragar sua saúde.
• O horário adequado para quem quiser tomar banho de sol é antes das 10h e depois das 16h.
• Lembre-se de reaplicar o protetor solar sempre que sair da água.
• Não deixe as crianças muito tempo na água, a não ser que elas estejam usando camisetas. Isso vai evitar queimaduras (que, acumulando-se ao longo da vida, podem causar câncer de pele).
• Bebê na praia, só fora dos horários de pico, de preferência quando uma brisa estiver refrescando o ar. Senão, eles podem se queimar, desidratar e ter brotoejas.
• Se for fazer caminhada pela praia, procure andar pela sombra. Caso não seja possível, capriche no protetor solar e proteja rosto e ombros com um chapéu.
• Leve água de casa, para beber e manter-se hidratado, e também para borrifá-la no rosto, aliviando a sensação de calor.
• No vestiário da piscina, atenção: nada de andar descalço ou compartilhar toalhas. Assim você evita conjuntivite e micoses.
• Outro cuidado contra a conjuntivite: evite piscinas lotadas demais.
• E, se você tiver alguma dúvida quando à qualidade da água, evite abrir os olhos embaixo d'água ou até mesmo molhá-los.


No trânsito

• Na hora de entrar em um carro que ficou parado sob o sol, abra primeiro portas e janelas e espere o ar circular, evitando aquele "bafo quente".
• Dentro do carro, use ar-condicionado ou deixe as janelas abertas.
• Se você ficar preso no congestionamento, não tiver ar-condicionado e precisar manter as janelas fechadas, tente pelo menos parar em algum lugar em que não bata sol direto.
• Caso você tenha que aguardar alguém estacionado, não faça isso dentro do carro. Espere do lado de fora.
• Ao sair, jamais deixe crianças esperando trancadas no veículo. Mesmo que você não demore, a criança pode passar mal - e não são raros os casos de mortes ocorridas nessas situações.
• Se o carro for ficar muito tempo estacionado fora da sombra, bloqueie a entrada do sol pelo pára-brisa, colocando uma folha de papelão pelo lado de dentro, sobre o painel. Se não tiver isso à mão, cubra o volante com um pano para evitar que suas mãos se queimem na hora de dirigir.



Fonte: ABC da Saúde Terra

PRIMEIROS SOCORROS - Transporte da vítima



Antes de providenciar a remoção da vítima

Controle hemorragias e respiração.
Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
Evite e/ou controle o estado de choque.
Providencie uma maca.


Durante a remoção ou transporte
Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado e em particular a cabeça.
Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça.
Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes.
No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local.
Poderá usar-se uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la terá de se manter a cabeça da vítima em cima e esticar-lhe as articulações das ancas e dos joelhos para lhe manter as costas e os braços direitos.
Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.




Nota: não sendo estritamente necessário não deverá transportar a vítima.


Fonte: www.primeirossocorros.com/

PRIMEIROS SOCORROS - Resfriamento


Observe os sinais:
Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria, cianose, lábios e extremidades, dores articulares semiconsciência e vertigens. A vitima começa a tiritar e sente-se cansada, deixando-se dominar pela apatia, fica tensa, o sono torna-se leve e ofusca-se-lhe o conhecimento. Abaixo dos 30º , a temperatura do corpo influi na respiração e na actividade do coração e constitui uma ameaça directa contra a vida.

O que fazer:
Deve manter-se a vítima activa tentando aquecer a parte atingida com um banho morno, roupas quentes, exercícios, etc. O calor do corpo deverá ser recuperado lentamente, por exemplo usando mantas.
Dar bebidas quentes como chá, café ou leite se a vítima tiver consciente.
Se a vítima perder o conhecimento deverá ser colocada na posição lateral de segurança (PLS).
No caso de paragem respiratória praticar respiração artificial boca a boca imediatamente.

Procurar auxílio médico rapidamente.

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PRIMEIROS SOCORROS - Queimaduras


O que são:
Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.

Gravidade:
Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.

O que pode causar:
Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade.

Classificação das queimaduras:
1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade:
O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
O que fazer:
Prevenir o estado de choque.
Controlar a dor e evitar contaminação.

Pequenas queimaduras
Atingem menos de 10% do corpo.
O que fazer:
Lavar com água em abundância.

Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)
O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e humedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.

Queimaduras químicas (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)
O que fazer:
Pequenas - Lavar o local com água corrente.
Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados:
Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

Queimaduras nos olhos
O que pode causar:
Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.
O que fazer:
Lavar os olhos com soro fisiológico. Venda-los com gaze humedecida e levar ao médico com urgência.

Nota sobre incêndios nas pessoas
O fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, apagando-lhe o fogo com um cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas a arder.

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PRIMEIROS SOCORROS - Picadas de Insecto


Gravidade:
Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediantamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.

O que fazer:
Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.

Picadas de escorpião, centopeia e aranha

O que fazer:
Procure um médico imediatamente. Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico, se possível dentro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada.
Aplique também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso.

Picadas de abelha e vespa

O que fazer:
Humedecer a picada com desinfectante.
Se o inchaço fôr muito grande ou se produzirem problemas respiratórios ou cardíacos (caso que sucede raras vezes) o médico deverá ser chamado.

Picadas de carrapato

O que fazer:
Ao picar ele fica preso, pelo que se deve esfregar com petróleo ou azeite até se soltar.
Se não, "desenrosca-se" em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

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PRIMEIROS SOCORROS - Perda de conhecimento



O que fazer:
quando se suspeitar que existe uma lesão na cabeça, deve colocar-se a pessoa que perdeu conhecimento em posição lateral de segurança (PLS), com as pernas mais elevadas que a cabeça.

Esta posição para além de impedir a obstrução das vias respiratórias pela língua, também impede a aspiração de líquidos ou sólidos (por exemplo, durante o vómito).

As vias respiratórias deverão ficar desobstruídas e se a respiração parar deverá proceder-se de imediato à respiração artificial boca a boca.

Deve afrouxar-se-lhe as peças de vestuário demasiado apertadas.

Nestes casos, a vítima deverá ser transportada a um hospital.

Nunca se deve dar de beber a quem tiver perdido o conhecimento.

Desmaio

O desmaio é uma forma corrente, e muitas vezes pouco perigosa, de perda de conhecimento.

Deve-se ao facto do cérebro receber insuficiente irrigação sanguínea e pode ser provocado por vários factores - ar sufocante, esforço, emoção, dor, etc.

Sintomas: enjôo, amolecimento, palidez e suores frios.

O que fazer:
uma pessoa que desmaiar ou estiver prestes a isso tem de ficar deitada e deve-se afrouxar as roupas apertadas.

Para aumentar a irrigação sanguínea do coração e portanto ao cérebro, deve-se elevar as pernas.
Apenas quando a pessoa tiver recuperado o conhecimento poderá ser dado algo para beber (na prática, a vítima só poderá beber quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).


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PRIMEIROS SOCORROS - Parto súbito


O Parto é um acto natural -
chame um médico ou providencie transporte para um hospital, quando possível.

O que fazer:
Cuidar do higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos. Mantenha a calma, converse com a parturiente transmitindo-lhe confiança. Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco. Cubra seu abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este vier a nascer, até a chegada ao Hospital mais próximo, caso você esteja levando a parturiente num carro particular e o parto desencadear.

Cuidados:
Não interfira no processo de parto. Não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do RN. Ela protege a pele. Nenhuma medida deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê. Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado à mãe enquanto ela expulsa a placenta. Encaminhe sempre mãe e filho ao hospital mesmo que ambos estejam bem.

Cuidados com o recém-nascido:
Se o mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração boca-boca.

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PRIMEIROS SOCORROS - Mordidas de animais


Mordidas de cobras

Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Aproveite os primeiros 30 minutos para chupar o sangue local e sugar o veneno ou faça compressões com as mãos no local da mordida. Se não houver sangramento, tente retardar a circulação sanguínea. Aplicar compressas frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente para o médico.

Cuidados: Evite que a vítima caminhe. Após 30 minutos a única solução é o encaminhamento médico. Arames, cordas ou barbantes não devem ser utilizados como garrote. Tente levar a cobra para identificação no hospital.

Diferenças entre venenosas e não venenosas: Venenosas – possuem fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente, escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior. Não venenosas – têm cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.



Mordidas de animais raivosos

Cuidados: Quem for mordido por um animal deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até prova em contrário. (10 dias). Mesmo vacinado o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por médico.

O que fazer: Lave a ferida imediatamente com água e sabão. Pincele com mercúrio-cromo ou outro. Encaminhe a um médico.

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PRIMEIROS SOCORROS - Intoxicações


Envenenamento

O que é: Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas, gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc.

Observe os sinais e sintomas
Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique se há possíveis produtos químicos ou drogas, nas proximidades da vítima. Ou vestígios de folhas venenosas nas extremidade bucal

Venenos Ingeridos

O que fazer:
Provoque o vômito. Dê o Antídoto Universal: duas partes de torradas queimadas, uma parte de leite de magnésia, uma parte de chá forte. Mantenha a vítima agasalhada. Respiração de Socorro (método Sylvester). Leve ao médico ou hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para a assistência médica, tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra no momento e se possível o nome do produto ingerido não se esquecer de caneta e um papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.

Cuidados:
Não provoque vômito se a vítima tiver ingerido: soda cáustica, derivados de petróleo, como querosene, gasolina, líquido de esqueiro, removedores, ou ainda ácidos, água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem, desodorante de banheiro. Não deixe o indivíduo ingerir álcool, azeite ou óleo. Evite que ele ande.

Casos particulares
Medicamentos
Dar de beber - provocar o vómito, a não ser que a vítima tenha perdido o conhecimento ou tenha cãibras.
Dar-lhe um preparado à base de carvão vegetal.
Levar ao médico.

Derivados do petróleo, lixívia ou ácidos
Não se deve provocar o vómito.
Dar nata, leite ou gelado à vítima.
Levar ao médico

Venenos Aspirados

Observe os sinais: Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.

O que fazer: Arejar o ambiente e aplicar respiração pelo método de Sylvester.
Remova imediatamente para um hospital.

Casos particulares

Intoxicação por monóxido de carbono
Pode ser produzido por gás de iluminação ou pelos gases de escape dos motores. É uma asfixia produzida pela combinação do monóxido de carbono com a hemoglobina, a qual não pode efectuar o seu transporte normal de oxigénio através do sangue.
O intoxicado deve ser removido para o ar livre e despoluído e deve-se facilitar-lhe a respiração.
Intoxicação por gás
Levar a vítima imediatamente para o ar livre
Fechar a torneira de passagem de gás.
Abrir portas e janelas.
Em caso de paragem respiratoria, praticar respiração boca a boca.
A vítima deverá repousar e ser transportada para o hospital.
Neste caso o socorrista deverá usar, se possível, uma máscara de gás e ter o cuidado de evitar explosões.

Envenenamento através da pele

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente. Poderá usar sabão.

Contaminação dos olhos

O que fazer: Lavar com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.



Em qualquer suspeita de intoxicação deverá:
1 - Ligar (CIAV) Centro de Informação Anti-veneno (21 795 01 43 / 21 795 01 44 / 21 795 01 46 )
A qualquer hora do dia ou da noite será atendido por pessoal médico que lhe indicará as medidas a tomar em cada caso
2 - Manter a calma e preparar-se para responder às questões que lhe forem colocadas.
3 - Procure sempre saber
Quem? (homem, mulher, criança)
O quê? (qual o produto em causa : medicamento, pesticida, detergente, planta etc.)
Como? (foi ingerido, inalado, atingiu a pele, olhos,...)
Quando? (há quanto tempo aconteceu?)
Quanto? (qual a quantidade?)
Estado do doente? (consciente, sonolento, vómitos, dor, etc.)
4 - Siga rigorosamente as instruções que lhe foram dadas pelo médico.

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PRIMEIROS SOCORROS - Hemorragias


A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo - veia ou artéria.

Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. Não perca tempo!

Estanque a hemorragia
- Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo elevando a parte do corpo que sangra.
- Coloque a compressa sobre o ferimento
- Pressione com firmeza
- Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar a compressa e mantê-la bem firme no lugar
- Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a mão evitando uma hemorragia abundante
- Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso, nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe com atenção.
- Se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será¡ controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.
- Se o ferimento for na perna - dobre o joelho. Se o ferimento for no antebraço - dobre o cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

Atenção
Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.

Como fazer um torniquete
- Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outos materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.
- Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento.
- Dê um meio nó
- Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó
- Dê um nó completo sobre a madeira.
- Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.
- Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as letras "TQ" (torniquete) e a hora.
- Não cubra o torniquete.
- O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados importantes.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.

Atenção
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para reestabelecer a circulação, reapertando a seguir caso prossiga a hemorragia. Ao afroxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.

Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

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PRIMEIROS SOCORROS - Fracturas

Em caso de fratura, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos.

Existem 2 tipos de fraturas:

Fechadas: Quando o osso quebrou-se, mas a pele não foi perfurada.
Expostas: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.

Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua aparência ou função normais ou quando haja dor no local atingido, incapacidade de movimentar o membro, posição anormal do mesmo ou, ainda, sensação de atrito no local suspeito.

Fracturas fechadas

O que fazer: Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, sem desconforto para a vítima. Imobilize a fratura, movimentando o menos possível.
Ponha talas sustentando o membro atingido. As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura. Qualquer material rígido pode ser empregado, como: tala, tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso e dobrado. Use panos ou outro material macio para alcochoar as talas, a fim de evitar danos à pele. As talas devem ser amarradas com ataduras, ou tiras de pano não muito apertadas, em no mínimo, quatro pontos: abaixo da junta, abaixo da fractura
acima da junta, acimada fractura
Outro recurso no caso de fractura de perna é amarrar a perna quebrada na outra, desde que sã, tendo o cuidado de colocar entre ambas um lençol ou manta dobrados.

Fracturas expostas

O que fazer:Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento
Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata, tira de roupa, cinto etc.
No caso de hemorragia grave, siga as instruções da página de hemorragia
Mantenha a vítima deitada
Aplique talas, conforme descrito para as fracturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural
Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada
Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a fratura seja imobilizada.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fractura tenha sido imobilizada, a menos que a vítima se encontre em iminente perigo.

Lesões na coluna vertebral

O que fazer: Ter cuidado no atendimento e no transporte fazendo imobilização correta. Manter a vítima imóvel e devidamente agasalhada. Verifique a respiração e esteja pronto para iniciar o método boca-a-boca, se necessário.

Luxações ou deslocamentos das juntas (braço, ombro)

Observe os sinais: Deslocamento de ossos e juntos do lugar.

Entorses e distensões

O que fazer: Trate como se fosse fracturas. Aplique gelo e compressas frias no local.
Cuidados: O calor aumenta a dor e o inchaço, portanto nada de aplicar nada quente sobre a região afetada.



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PRIMEIROS SOCORROS - Feridas


Ferimentos Leves ou Superficiais

O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS.

Cuidados
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.
Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)
Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.


Ferimentos profundos no tórax
Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado. Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.

Ferimentos Perfurantes
O que são:
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.
O que fazer:
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.
Cuidados:
A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.

Ferimentos na Cabeça
O que fazer:
Quando se suspeita que existe comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1 hora, indisposição e vómitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:
- Deverá praticar-se uma atadura protectora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de segurança (PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.


Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:
A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local.


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PRIMEIROS SOCORROS - Exposição ao calor

São mais vulneráveis ao calor, necessitando, por essa razão, de maior atenção:
- As crianças nos primeiros anos de vida
- As pessoas idosas
- Os portadores de doenças crónicas, nomeadamente os que sofrem de afecções cardíacas, respiratórias, renais, diabetes e doença mental
- As pessoas acamadas
- As pessoas obesas

O que fazer: de uma forma geral, tentar reduzir a temperatura do corpo. Retirar a vítima do local, humedeçer a cabeça e o tronco com água fria, ofereçer líquidos à vontade.

Ingestão de líquidos
Em condições normais, quando a temperatura ambiente sobe, o corpo, para manter a sua temperatura dentro de parâmetros compatíveis com um estado saudável, transpira.
Mas se essa transpiração for excessiva, o corpo pode desidratar e dar origem a uma situação grave de saúde.
Pode também acontecer que o mecanismo da sudação não cause o abaixamento da temperatura corporal e, nesse caso, uma alta temperatura corporal, a par de um grau excessivo de desidratação, pode provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros orgãos.
É por isso fundamental aumentar a ingestão de líquidos, de preferência água ou sumos de fruta natural, ainda que não tenha sede, pois com frequência a sede é inferior às necessidades hídricas do indivíduo.
Esta situação torna-se mais preocupante nas pessoas idosas que, muitas vezes, não sentem sede, apesar de terem graus diversos de desidratação.
Se, devido a algum problema, estiver a seguir uma dieta com restrição de líquidos deve aconselhar-se com o seu médico sobre como proceder nestas situações.
Algumas bebidas, como as alcoólicas podem aumentar a desidratação, pelo que são desaconselhadas, o mesmo acontecendo com as bebidas gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.

Sal e Minerais
Com a sudação perde-se uma quantidade importante de sal e minerais do organismo, podendo essa falta ser responsável por diversos sintomas como fraqueza, cansaço, dificuldade de concentração, cãibras, entre outras. É por isso, muito importante que, para além de garantir a hidratação, se reponham os sais minerais e o sal.
Esta reposição pode ser feita através de sumos de frutas, que contêm sais minerais no seu estado natural, ou, caso não seja possível, através de substâncias contenham esses minerais.
Com essa finalidade existem produtos vendidos nas farmácias ou em supermercados, como é o caso das denominadas bebidas dos desportistas.
Se houver indicação médica de dieta hipossalina (com pouco sal), ou se tiver insuficiência renal é aconselhável consultar o médico sobre a utilização destes suplementos e bebidas.

No domicílio
Se a sua habitação for muito quente e houver possibilidade, é conveniente, em especial nas horas de mais calor, visitar um local com ar condicionado, por exemplo, museu, biblioteca, centro comercial, cinema.
Nos momentos de calor mais intenso, recomenda-se também, sempre que possível, um duche de água tépida ou fria.
Reduzir a roupa da cama ao mínimo, sobretudo no caso dos bebés e doentes acamados.
Evitar os esforços físicos.
Baixar as persianas e abrir as janelas para diminuir a temperatura dentro de casa.
O uso de ventoinhas pode ser uma forma de baixar um pouco a temperatura, ao fazer circular o ar.
Em casa, especialmente quando se é portador de determinadas doenças crónicas do foro cardiovascular, aconselha-se a estar, durante alguns períodos de tempo, com os membros inferiores elevados

Comida
Evitar comer muito às refeições e evitar, também, a comida “pesada” ou picante.Depois de comer, esperar/descansar um pouco antes de começar com tarefas que exijam esforço físico.

Pessoas em risco
As pessoas em risco, por sofrerem de doença grave ou outra situação que as debilite nas situações de calor, devem ser vigiadas amiudadamente, para que possam ser socorridas, se for necessário.

Dentro de edifícios
Se precisar de se deslocar a edifícios sem ar condicionado e onde possam existir aglomerados de pessoas, tente fazê-lo fora das horas de maior calor, idealmente logo de manhã, especialmente se sofrer de doença cardiovascular ou se for idoso.

O que foi explicado anteriormente diz também respeito, por exemplo, à hora que escolher para ir à missa. É de todo conveniente que vá logo de manhã, em vez de ir à hora do almoço ou ao fim da tarde, porque a essas horas, devido ao calor e ao número de pessoas presentes, acontece com alguma frequência sobretudo aos mais fragilizados, pela doença ou idade, sentirem-se mal ou até desmaiarem.


Exposição ao sol
- Evitar, se possível, a exposição ao sol, ainda que por períodos curtos.
- Não permanecer em viaturas estacionadas ao sol, em especial, nas horas de maior calor e se pertencer ao grupo das pessoas citadas, no início, como mais vulneráveis.
- Se for necessária a exposição ao sol, usar chapéu, roupa larga, de cores claras e, de preferência, de tecidos naturais pouco quentes ( por exemplo: algodão ) e pôr protector solar ( com índice de protecção solar > 15 ). Sempre que possível, procurar locais à sombra, frescos, arejados e descansar ou diminuir o esforço físico durante um certo período de tempo.
- Também se recomenda que os bebés e as pessoas idosas não devem ir à praia nos dias de grande calor.

Aclimatar
Para as pessoas que se deslocam de um lugar com clima frio ou temperado para um local quente é importante a aclimatação ao corpo, durante alguns dias, para aumentar a tolerância às altas temperaturas, antes de se exporem ao sol ou começarem a fazer exercício físico.


Golpe de calor
Esta situação ocorre quando o corpo não consegue controlar a sua própria temperatura. Os mecanismos da sudação falham e a temperatura sobe rapidamente, podendo, em 10-15 minutos, atingir os 39 graus Celsius, o que pode causar a morte ou uma deficiência crónica se não for prestado tratamento de forma célere.

Sinais e sintomas:
- Temperatura corporal alta
- Pele vermelha, quente e seca, sem suor
- Pulso rápido e forte
- Dor de cabeça
- Tonturas
- Náuseas
- Confusão
- Perda de consciência

Perante esta situação é necessário:
- Procurar ajuda médica
- Baixar a temperatura corporal
- Procurar uma sombra ou um lugar fresco e usar os métodos possíveis para baixar a temperatura: banho de - água fria ou tépida, em banheira, com mangueira ou esponja.
- Se houver contracções corporais involuntárias, não dar líquidos e prevenir que a pessoa se magoe, colocando algo na boca que a impeça se morder
- Esgotamento devido ao calor
- Situação devida a perda excessiva de líquidos e de sal pela sudação. Torna-se especialmente grave nos idosos e hipertensos.

Desmaio
A pele pode estar fria e húmida. O pulso fica fraco e rápido. A respiração torna-se rápida e superficial.
Se os sintomas forem graves, ou se a pessoa tiver problemas de coração ou tensão alta, procurar ajuda médica imediata.
Se os sintomas não forem graves, ou enquanto o médico não chega, deve-se fazer arrefecimento, hidratação e proporcionar descanso.

Cãibras
Embora menos grave que as anteriores, esta situação pode também necessitar de tratamento médico.
Normalmente afecta as pessoas que suam muito, devido a exercício físico intenso, podendo também acontecer, apenas, devido ao calor.
As cãibras são especialmente perigosas nas pessoas com problemas cardíacos ou com dietas hipossalinas.
O que fazer:
Parar o exercício
Procurar um local fresco e calmo
Beber sumos ou bebidas com minerais
Procurar o médico se as cãibras não passarem ao fim de uma hora.



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PRIMEIROS SOCORROS - Electrocução

O que fazer
1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através do corpo da vítima:
a) Cortando a tensão se o aparelho de corte estiver suficientemente acessível.
b) Com os indispensáveis cuidados, provocando um curto-circuito a fim de fazer funcionar os aparelhos de protecção.
c) Afastando os condutores da vítima ou esta daqueles. (O socorrista deve isolar-se para o lado da tensão - com luvas isolantes - e para o lado da terra com um estrado ou tapete de pretecção).

2. Se a vítima estiver inanimada, libertá-la da dentadura ou óculos eventualmente existentes, desapertar-lhe o vestuário e iniciar imediatamente uma técnica de respiração artificial. Pedir a presença de um médico ou transportar a vítima para um posto de socorros mntendo a respiração artificial, mesmo durante o transporte, até que a vítima retome o conhecimento ou o médico tome conta do caso.
a) Se a vítima se encontrava suspensa pelo cinto de segurança no momento do acidente (sobre um apoio de linha aérea, por exemplo) o socorrista deve executar uma dezena de insuflações boca a boca antes de iniciar a descida e a meio desta.
b) No momento da reanimação a vítima pode apresentar movimentos convulsivos e tornar a perder o conhecimento. Nesse caso é necessário retomar a respiração artificial.
c) Não dar qualquer bebida à vítima enquanto estiver inanimada. Depois de reanimada não lhe dar qualquer bebida alcoolica mesmo que ela o peça.
d) Evitar o arrefecimento da vítima tapando-a com uma manta.
e) Se a vítima além de inanimada não tem pulso, fazer além de respiração artificial massagem cardíaca externa (2 soorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4 insuflações de ar (1 socorrista).

3. Se a tensão causadora do choque fôr superior a 500 V e a vítima perdeu o conhecimento deve proceder-se inicialmente como se disse.
a) Dar-lhe de beber uma solução de 1 colher de café de bicarbonato de sódio em 3 decilitros de água.
b) Transportar a vítima para o hospital mais próximo e tentar recolher as urinas que eventualmente surjam durante o transporte para posterior análise.

4. Se a vítima apresentar queimaduras, não aplicar quaisquer drogas de ocasião. Desembaraça-las de eventuais corpos estranhos e protegê-las com gase esterelizada. Acção mais completa deverá ser tomada por pessoal médico habilitado.Informe o hospital sobre o período de tempo que a vítima esteve em contacto com a fonte de energia eléctrica.


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PRIMEIROS SOCORROS - Asfixia

Se o objeto está preso no nariz
1. Peça para que a pessoa respire pela boca.
2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.

3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico. Não tente forçar: você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o objeto ainda mais para dentro.

Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades
1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.

2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas da pessoa: coloque-se atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente. Dê algumas pancadas no alto das costas entre as omoplatas. Cuidado com a força aplicada. No caso de crianças as pancadas deverão ser ligeiras.

3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.

4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vômito.

Se a pessoa engasgou e não consegue respirar
1. Observe se a vítima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem de ar.

2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada: apenas procurar socorro médico imediato.

3. Em outro caso, a solução é provocar o vômito, forçando com isso a saída do objeto. Isto é conseguido colocando seu dedo na garganta da vítima.

4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.

5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a respiração boca-a-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar volte a circular.



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PRIMEIROS SOCORROS - Alcoolismo


Sinais e sintomas
Agitação psicomotora, espasmos musculares (contrações) ou não, salivação intensa ("bába"), perda dos sentidos , relaxamento dos esfíncteres, podendo urinar e evacuar, durante a convulsão.

O que fazer
1 - Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas
2 - Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima
3 - Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa, travesseiro, etc,
4 - Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra , evitando com isso que venha a se afogar
5 - Não imobilizar membros (braços e pernas), deixá-los livres
6 - Afrouxar roupas
7 - Observar se a respiração está adequada, se não há obstrução das vias aéreas
8 - Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (tipo colher, caneta, madeira, dedos, etc.)
9 - Ao lateralizar a cabeça, a língua lateralizou-se também, liberando a passagem do ar.
10 - Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração
11 - Após passar a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.
12 - Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os medicamentos. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode se afogar ao engolir o comprimido e a água.
13 - Se a convulsão for provocada por febre alta (geralmente em crianças), atenda da mesma maneira como descrito no atendimento e dê-lhe um banho com água morna de chuveiro, vista-a com roupas leves e providencie a atendimento médico.
14 - Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire-a do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. É grave e tem risco de vida, se for transportada inadequadamente, pode morrer.

Cuidados
Não discuta com o doente, não seja áspero ou autoritário. Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir-se ou outrem.



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PRIMEIROS SOCORROS - Afogamento

Sinais e sintomas
Agitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardiaca.

O que fazer
1 - Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água

2 - Procurar retirar os objectos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vitima dentro d’água.
3 - Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água;
4 - INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário
5 - EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas
6 - Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação
7 - Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.

Advertência
Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento, corre-se o perigo de se deixar dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.
O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um remo.Em caso contrário, segura-se a cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.

Explicação científica
Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.
No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).
Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2. Soma-se também aesses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constriçãodos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada. Tal coloração é chamada de cianose.
A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) - dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente - e destruição das hemáceas. Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.

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