PRIMEIROS SOCORROS - Transporte da vítima



Antes de providenciar a remoção da vítima

Controle hemorragias e respiração.
Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
Evite e/ou controle o estado de choque.
Providencie uma maca.


Durante a remoção ou transporte
Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado e em particular a cabeça.
Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça.
Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes.
No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local.
Poderá usar-se uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la terá de se manter a cabeça da vítima em cima e esticar-lhe as articulações das ancas e dos joelhos para lhe manter as costas e os braços direitos.
Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.




Nota: não sendo estritamente necessário não deverá transportar a vítima.


Fonte: www.primeirossocorros.com/

PRIMEIROS SOCORROS - Resfriamento


Observe os sinais:
Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria, cianose, lábios e extremidades, dores articulares semiconsciência e vertigens. A vitima começa a tiritar e sente-se cansada, deixando-se dominar pela apatia, fica tensa, o sono torna-se leve e ofusca-se-lhe o conhecimento. Abaixo dos 30º , a temperatura do corpo influi na respiração e na actividade do coração e constitui uma ameaça directa contra a vida.

O que fazer:
Deve manter-se a vítima activa tentando aquecer a parte atingida com um banho morno, roupas quentes, exercícios, etc. O calor do corpo deverá ser recuperado lentamente, por exemplo usando mantas.
Dar bebidas quentes como chá, café ou leite se a vítima tiver consciente.
Se a vítima perder o conhecimento deverá ser colocada na posição lateral de segurança (PLS).
No caso de paragem respiratória praticar respiração artificial boca a boca imediatamente.

Procurar auxílio médico rapidamente.

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PRIMEIROS SOCORROS - Queimaduras


O que são:
Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.

Gravidade:
Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.

O que pode causar:
Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade.

Classificação das queimaduras:
1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade:
O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
O que fazer:
Prevenir o estado de choque.
Controlar a dor e evitar contaminação.

Pequenas queimaduras
Atingem menos de 10% do corpo.
O que fazer:
Lavar com água em abundância.

Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)
O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e humedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.

Queimaduras químicas (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)
O que fazer:
Pequenas - Lavar o local com água corrente.
Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados:
Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

Queimaduras nos olhos
O que pode causar:
Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.
O que fazer:
Lavar os olhos com soro fisiológico. Venda-los com gaze humedecida e levar ao médico com urgência.

Nota sobre incêndios nas pessoas
O fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, apagando-lhe o fogo com um cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas a arder.

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PRIMEIROS SOCORROS - Picadas de Insecto


Gravidade:
Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediantamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.

O que fazer:
Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.

Picadas de escorpião, centopeia e aranha

O que fazer:
Procure um médico imediatamente. Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico, se possível dentro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada.
Aplique também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso.

Picadas de abelha e vespa

O que fazer:
Humedecer a picada com desinfectante.
Se o inchaço fôr muito grande ou se produzirem problemas respiratórios ou cardíacos (caso que sucede raras vezes) o médico deverá ser chamado.

Picadas de carrapato

O que fazer:
Ao picar ele fica preso, pelo que se deve esfregar com petróleo ou azeite até se soltar.
Se não, "desenrosca-se" em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

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PRIMEIROS SOCORROS - Perda de conhecimento



O que fazer:
quando se suspeitar que existe uma lesão na cabeça, deve colocar-se a pessoa que perdeu conhecimento em posição lateral de segurança (PLS), com as pernas mais elevadas que a cabeça.

Esta posição para além de impedir a obstrução das vias respiratórias pela língua, também impede a aspiração de líquidos ou sólidos (por exemplo, durante o vómito).

As vias respiratórias deverão ficar desobstruídas e se a respiração parar deverá proceder-se de imediato à respiração artificial boca a boca.

Deve afrouxar-se-lhe as peças de vestuário demasiado apertadas.

Nestes casos, a vítima deverá ser transportada a um hospital.

Nunca se deve dar de beber a quem tiver perdido o conhecimento.

Desmaio

O desmaio é uma forma corrente, e muitas vezes pouco perigosa, de perda de conhecimento.

Deve-se ao facto do cérebro receber insuficiente irrigação sanguínea e pode ser provocado por vários factores - ar sufocante, esforço, emoção, dor, etc.

Sintomas: enjôo, amolecimento, palidez e suores frios.

O que fazer:
uma pessoa que desmaiar ou estiver prestes a isso tem de ficar deitada e deve-se afrouxar as roupas apertadas.

Para aumentar a irrigação sanguínea do coração e portanto ao cérebro, deve-se elevar as pernas.
Apenas quando a pessoa tiver recuperado o conhecimento poderá ser dado algo para beber (na prática, a vítima só poderá beber quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).


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PRIMEIROS SOCORROS - Parto súbito


O Parto é um acto natural -
chame um médico ou providencie transporte para um hospital, quando possível.

O que fazer:
Cuidar do higiene das mãos, tesoura, barbante e panos limpos. Mantenha a calma, converse com a parturiente transmitindo-lhe confiança. Acomode-a em decúbito dorsal elevando seu tronco. Cubra seu abdômen com um lençol limpo e esteja preparado para segurar o bebê se este vier a nascer, até a chegada ao Hospital mais próximo, caso você esteja levando a parturiente num carro particular e o parto desencadear.

Cuidados:
Não interfira no processo de parto. Não lave a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do RN. Ela protege a pele. Nenhuma medida deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê. Jamais puxe ou tracione o cordão umbilical ligado à mãe enquanto ela expulsa a placenta. Encaminhe sempre mãe e filho ao hospital mesmo que ambos estejam bem.

Cuidados com o recém-nascido:
Se o mesmo não estiver respirando aplique-lhe respiração boca-boca.

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PRIMEIROS SOCORROS - Mordidas de animais


Mordidas de cobras

Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Aproveite os primeiros 30 minutos para chupar o sangue local e sugar o veneno ou faça compressões com as mãos no local da mordida. Se não houver sangramento, tente retardar a circulação sanguínea. Aplicar compressas frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente para o médico.

Cuidados: Evite que a vítima caminhe. Após 30 minutos a única solução é o encaminhamento médico. Arames, cordas ou barbantes não devem ser utilizados como garrote. Tente levar a cobra para identificação no hospital.

Diferenças entre venenosas e não venenosas: Venenosas – possuem fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente, escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior. Não venenosas – têm cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.



Mordidas de animais raivosos

Cuidados: Quem for mordido por um animal deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até prova em contrário. (10 dias). Mesmo vacinado o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por médico.

O que fazer: Lave a ferida imediatamente com água e sabão. Pincele com mercúrio-cromo ou outro. Encaminhe a um médico.

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PRIMEIROS SOCORROS - Intoxicações


Envenenamento

O que é: Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas, gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc.

Observe os sinais e sintomas
Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique se há possíveis produtos químicos ou drogas, nas proximidades da vítima. Ou vestígios de folhas venenosas nas extremidade bucal

Venenos Ingeridos

O que fazer:
Provoque o vômito. Dê o Antídoto Universal: duas partes de torradas queimadas, uma parte de leite de magnésia, uma parte de chá forte. Mantenha a vítima agasalhada. Respiração de Socorro (método Sylvester). Leve ao médico ou hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para a assistência médica, tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra no momento e se possível o nome do produto ingerido não se esquecer de caneta e um papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.

Cuidados:
Não provoque vômito se a vítima tiver ingerido: soda cáustica, derivados de petróleo, como querosene, gasolina, líquido de esqueiro, removedores, ou ainda ácidos, água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem, desodorante de banheiro. Não deixe o indivíduo ingerir álcool, azeite ou óleo. Evite que ele ande.

Casos particulares
Medicamentos
Dar de beber - provocar o vómito, a não ser que a vítima tenha perdido o conhecimento ou tenha cãibras.
Dar-lhe um preparado à base de carvão vegetal.
Levar ao médico.

Derivados do petróleo, lixívia ou ácidos
Não se deve provocar o vómito.
Dar nata, leite ou gelado à vítima.
Levar ao médico

Venenos Aspirados

Observe os sinais: Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.

O que fazer: Arejar o ambiente e aplicar respiração pelo método de Sylvester.
Remova imediatamente para um hospital.

Casos particulares

Intoxicação por monóxido de carbono
Pode ser produzido por gás de iluminação ou pelos gases de escape dos motores. É uma asfixia produzida pela combinação do monóxido de carbono com a hemoglobina, a qual não pode efectuar o seu transporte normal de oxigénio através do sangue.
O intoxicado deve ser removido para o ar livre e despoluído e deve-se facilitar-lhe a respiração.
Intoxicação por gás
Levar a vítima imediatamente para o ar livre
Fechar a torneira de passagem de gás.
Abrir portas e janelas.
Em caso de paragem respiratoria, praticar respiração boca a boca.
A vítima deverá repousar e ser transportada para o hospital.
Neste caso o socorrista deverá usar, se possível, uma máscara de gás e ter o cuidado de evitar explosões.

Envenenamento através da pele

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente. Poderá usar sabão.

Contaminação dos olhos

O que fazer: Lavar com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.



Em qualquer suspeita de intoxicação deverá:
1 - Ligar (CIAV) Centro de Informação Anti-veneno (21 795 01 43 / 21 795 01 44 / 21 795 01 46 )
A qualquer hora do dia ou da noite será atendido por pessoal médico que lhe indicará as medidas a tomar em cada caso
2 - Manter a calma e preparar-se para responder às questões que lhe forem colocadas.
3 - Procure sempre saber
Quem? (homem, mulher, criança)
O quê? (qual o produto em causa : medicamento, pesticida, detergente, planta etc.)
Como? (foi ingerido, inalado, atingiu a pele, olhos,...)
Quando? (há quanto tempo aconteceu?)
Quanto? (qual a quantidade?)
Estado do doente? (consciente, sonolento, vómitos, dor, etc.)
4 - Siga rigorosamente as instruções que lhe foram dadas pelo médico.

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PRIMEIROS SOCORROS - Hemorragias


A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo - veia ou artéria.

Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. Não perca tempo!

Estanque a hemorragia
- Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo elevando a parte do corpo que sangra.
- Coloque a compressa sobre o ferimento
- Pressione com firmeza
- Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar a compressa e mantê-la bem firme no lugar
- Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a mão evitando uma hemorragia abundante
- Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso, nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe com atenção.
- Se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será¡ controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.
- Se o ferimento for na perna - dobre o joelho. Se o ferimento for no antebraço - dobre o cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

Atenção
Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.

Como fazer um torniquete
- Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outos materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.
- Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento.
- Dê um meio nó
- Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó
- Dê um nó completo sobre a madeira.
- Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.
- Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as letras "TQ" (torniquete) e a hora.
- Não cubra o torniquete.
- O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados importantes.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.

Atenção
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para reestabelecer a circulação, reapertando a seguir caso prossiga a hemorragia. Ao afroxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.

Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

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PRIMEIROS SOCORROS - Fracturas

Em caso de fratura, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos.

Existem 2 tipos de fraturas:

Fechadas: Quando o osso quebrou-se, mas a pele não foi perfurada.
Expostas: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.

Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua aparência ou função normais ou quando haja dor no local atingido, incapacidade de movimentar o membro, posição anormal do mesmo ou, ainda, sensação de atrito no local suspeito.

Fracturas fechadas

O que fazer: Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, sem desconforto para a vítima. Imobilize a fratura, movimentando o menos possível.
Ponha talas sustentando o membro atingido. As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura. Qualquer material rígido pode ser empregado, como: tala, tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso e dobrado. Use panos ou outro material macio para alcochoar as talas, a fim de evitar danos à pele. As talas devem ser amarradas com ataduras, ou tiras de pano não muito apertadas, em no mínimo, quatro pontos: abaixo da junta, abaixo da fractura
acima da junta, acimada fractura
Outro recurso no caso de fractura de perna é amarrar a perna quebrada na outra, desde que sã, tendo o cuidado de colocar entre ambas um lençol ou manta dobrados.

Fracturas expostas

O que fazer:Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento
Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata, tira de roupa, cinto etc.
No caso de hemorragia grave, siga as instruções da página de hemorragia
Mantenha a vítima deitada
Aplique talas, conforme descrito para as fracturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural
Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada
Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a fratura seja imobilizada.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fractura tenha sido imobilizada, a menos que a vítima se encontre em iminente perigo.

Lesões na coluna vertebral

O que fazer: Ter cuidado no atendimento e no transporte fazendo imobilização correta. Manter a vítima imóvel e devidamente agasalhada. Verifique a respiração e esteja pronto para iniciar o método boca-a-boca, se necessário.

Luxações ou deslocamentos das juntas (braço, ombro)

Observe os sinais: Deslocamento de ossos e juntos do lugar.

Entorses e distensões

O que fazer: Trate como se fosse fracturas. Aplique gelo e compressas frias no local.
Cuidados: O calor aumenta a dor e o inchaço, portanto nada de aplicar nada quente sobre a região afetada.



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PRIMEIROS SOCORROS - Feridas


Ferimentos Leves ou Superficiais

O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS.

Cuidados
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.
Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)
Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.


Ferimentos profundos no tórax
Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos: afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado. Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.

Ferimentos Perfurantes
O que são:
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.
O que fazer:
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.
Cuidados:
A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.

Ferimentos na Cabeça
O que fazer:
Quando se suspeita que existe comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1 hora, indisposição e vómitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:
- Deverá praticar-se uma atadura protectora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de segurança (PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.


Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:
A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local.


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PRIMEIROS SOCORROS - Exposição ao calor

São mais vulneráveis ao calor, necessitando, por essa razão, de maior atenção:
- As crianças nos primeiros anos de vida
- As pessoas idosas
- Os portadores de doenças crónicas, nomeadamente os que sofrem de afecções cardíacas, respiratórias, renais, diabetes e doença mental
- As pessoas acamadas
- As pessoas obesas

O que fazer: de uma forma geral, tentar reduzir a temperatura do corpo. Retirar a vítima do local, humedeçer a cabeça e o tronco com água fria, ofereçer líquidos à vontade.

Ingestão de líquidos
Em condições normais, quando a temperatura ambiente sobe, o corpo, para manter a sua temperatura dentro de parâmetros compatíveis com um estado saudável, transpira.
Mas se essa transpiração for excessiva, o corpo pode desidratar e dar origem a uma situação grave de saúde.
Pode também acontecer que o mecanismo da sudação não cause o abaixamento da temperatura corporal e, nesse caso, uma alta temperatura corporal, a par de um grau excessivo de desidratação, pode provocar danos irreversíveis no cérebro ou em outros orgãos.
É por isso fundamental aumentar a ingestão de líquidos, de preferência água ou sumos de fruta natural, ainda que não tenha sede, pois com frequência a sede é inferior às necessidades hídricas do indivíduo.
Esta situação torna-se mais preocupante nas pessoas idosas que, muitas vezes, não sentem sede, apesar de terem graus diversos de desidratação.
Se, devido a algum problema, estiver a seguir uma dieta com restrição de líquidos deve aconselhar-se com o seu médico sobre como proceder nestas situações.
Algumas bebidas, como as alcoólicas podem aumentar a desidratação, pelo que são desaconselhadas, o mesmo acontecendo com as bebidas gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.

Sal e Minerais
Com a sudação perde-se uma quantidade importante de sal e minerais do organismo, podendo essa falta ser responsável por diversos sintomas como fraqueza, cansaço, dificuldade de concentração, cãibras, entre outras. É por isso, muito importante que, para além de garantir a hidratação, se reponham os sais minerais e o sal.
Esta reposição pode ser feita através de sumos de frutas, que contêm sais minerais no seu estado natural, ou, caso não seja possível, através de substâncias contenham esses minerais.
Com essa finalidade existem produtos vendidos nas farmácias ou em supermercados, como é o caso das denominadas bebidas dos desportistas.
Se houver indicação médica de dieta hipossalina (com pouco sal), ou se tiver insuficiência renal é aconselhável consultar o médico sobre a utilização destes suplementos e bebidas.

No domicílio
Se a sua habitação for muito quente e houver possibilidade, é conveniente, em especial nas horas de mais calor, visitar um local com ar condicionado, por exemplo, museu, biblioteca, centro comercial, cinema.
Nos momentos de calor mais intenso, recomenda-se também, sempre que possível, um duche de água tépida ou fria.
Reduzir a roupa da cama ao mínimo, sobretudo no caso dos bebés e doentes acamados.
Evitar os esforços físicos.
Baixar as persianas e abrir as janelas para diminuir a temperatura dentro de casa.
O uso de ventoinhas pode ser uma forma de baixar um pouco a temperatura, ao fazer circular o ar.
Em casa, especialmente quando se é portador de determinadas doenças crónicas do foro cardiovascular, aconselha-se a estar, durante alguns períodos de tempo, com os membros inferiores elevados

Comida
Evitar comer muito às refeições e evitar, também, a comida “pesada” ou picante.Depois de comer, esperar/descansar um pouco antes de começar com tarefas que exijam esforço físico.

Pessoas em risco
As pessoas em risco, por sofrerem de doença grave ou outra situação que as debilite nas situações de calor, devem ser vigiadas amiudadamente, para que possam ser socorridas, se for necessário.

Dentro de edifícios
Se precisar de se deslocar a edifícios sem ar condicionado e onde possam existir aglomerados de pessoas, tente fazê-lo fora das horas de maior calor, idealmente logo de manhã, especialmente se sofrer de doença cardiovascular ou se for idoso.

O que foi explicado anteriormente diz também respeito, por exemplo, à hora que escolher para ir à missa. É de todo conveniente que vá logo de manhã, em vez de ir à hora do almoço ou ao fim da tarde, porque a essas horas, devido ao calor e ao número de pessoas presentes, acontece com alguma frequência sobretudo aos mais fragilizados, pela doença ou idade, sentirem-se mal ou até desmaiarem.


Exposição ao sol
- Evitar, se possível, a exposição ao sol, ainda que por períodos curtos.
- Não permanecer em viaturas estacionadas ao sol, em especial, nas horas de maior calor e se pertencer ao grupo das pessoas citadas, no início, como mais vulneráveis.
- Se for necessária a exposição ao sol, usar chapéu, roupa larga, de cores claras e, de preferência, de tecidos naturais pouco quentes ( por exemplo: algodão ) e pôr protector solar ( com índice de protecção solar > 15 ). Sempre que possível, procurar locais à sombra, frescos, arejados e descansar ou diminuir o esforço físico durante um certo período de tempo.
- Também se recomenda que os bebés e as pessoas idosas não devem ir à praia nos dias de grande calor.

Aclimatar
Para as pessoas que se deslocam de um lugar com clima frio ou temperado para um local quente é importante a aclimatação ao corpo, durante alguns dias, para aumentar a tolerância às altas temperaturas, antes de se exporem ao sol ou começarem a fazer exercício físico.


Golpe de calor
Esta situação ocorre quando o corpo não consegue controlar a sua própria temperatura. Os mecanismos da sudação falham e a temperatura sobe rapidamente, podendo, em 10-15 minutos, atingir os 39 graus Celsius, o que pode causar a morte ou uma deficiência crónica se não for prestado tratamento de forma célere.

Sinais e sintomas:
- Temperatura corporal alta
- Pele vermelha, quente e seca, sem suor
- Pulso rápido e forte
- Dor de cabeça
- Tonturas
- Náuseas
- Confusão
- Perda de consciência

Perante esta situação é necessário:
- Procurar ajuda médica
- Baixar a temperatura corporal
- Procurar uma sombra ou um lugar fresco e usar os métodos possíveis para baixar a temperatura: banho de - água fria ou tépida, em banheira, com mangueira ou esponja.
- Se houver contracções corporais involuntárias, não dar líquidos e prevenir que a pessoa se magoe, colocando algo na boca que a impeça se morder
- Esgotamento devido ao calor
- Situação devida a perda excessiva de líquidos e de sal pela sudação. Torna-se especialmente grave nos idosos e hipertensos.

Desmaio
A pele pode estar fria e húmida. O pulso fica fraco e rápido. A respiração torna-se rápida e superficial.
Se os sintomas forem graves, ou se a pessoa tiver problemas de coração ou tensão alta, procurar ajuda médica imediata.
Se os sintomas não forem graves, ou enquanto o médico não chega, deve-se fazer arrefecimento, hidratação e proporcionar descanso.

Cãibras
Embora menos grave que as anteriores, esta situação pode também necessitar de tratamento médico.
Normalmente afecta as pessoas que suam muito, devido a exercício físico intenso, podendo também acontecer, apenas, devido ao calor.
As cãibras são especialmente perigosas nas pessoas com problemas cardíacos ou com dietas hipossalinas.
O que fazer:
Parar o exercício
Procurar um local fresco e calmo
Beber sumos ou bebidas com minerais
Procurar o médico se as cãibras não passarem ao fim de uma hora.



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PRIMEIROS SOCORROS - Electrocução

O que fazer
1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através do corpo da vítima:
a) Cortando a tensão se o aparelho de corte estiver suficientemente acessível.
b) Com os indispensáveis cuidados, provocando um curto-circuito a fim de fazer funcionar os aparelhos de protecção.
c) Afastando os condutores da vítima ou esta daqueles. (O socorrista deve isolar-se para o lado da tensão - com luvas isolantes - e para o lado da terra com um estrado ou tapete de pretecção).

2. Se a vítima estiver inanimada, libertá-la da dentadura ou óculos eventualmente existentes, desapertar-lhe o vestuário e iniciar imediatamente uma técnica de respiração artificial. Pedir a presença de um médico ou transportar a vítima para um posto de socorros mntendo a respiração artificial, mesmo durante o transporte, até que a vítima retome o conhecimento ou o médico tome conta do caso.
a) Se a vítima se encontrava suspensa pelo cinto de segurança no momento do acidente (sobre um apoio de linha aérea, por exemplo) o socorrista deve executar uma dezena de insuflações boca a boca antes de iniciar a descida e a meio desta.
b) No momento da reanimação a vítima pode apresentar movimentos convulsivos e tornar a perder o conhecimento. Nesse caso é necessário retomar a respiração artificial.
c) Não dar qualquer bebida à vítima enquanto estiver inanimada. Depois de reanimada não lhe dar qualquer bebida alcoolica mesmo que ela o peça.
d) Evitar o arrefecimento da vítima tapando-a com uma manta.
e) Se a vítima além de inanimada não tem pulso, fazer além de respiração artificial massagem cardíaca externa (2 soorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4 insuflações de ar (1 socorrista).

3. Se a tensão causadora do choque fôr superior a 500 V e a vítima perdeu o conhecimento deve proceder-se inicialmente como se disse.
a) Dar-lhe de beber uma solução de 1 colher de café de bicarbonato de sódio em 3 decilitros de água.
b) Transportar a vítima para o hospital mais próximo e tentar recolher as urinas que eventualmente surjam durante o transporte para posterior análise.

4. Se a vítima apresentar queimaduras, não aplicar quaisquer drogas de ocasião. Desembaraça-las de eventuais corpos estranhos e protegê-las com gase esterelizada. Acção mais completa deverá ser tomada por pessoal médico habilitado.Informe o hospital sobre o período de tempo que a vítima esteve em contacto com a fonte de energia eléctrica.


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PRIMEIROS SOCORROS - Asfixia

Se o objeto está preso no nariz
1. Peça para que a pessoa respire pela boca.
2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.

3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico. Não tente forçar: você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o objeto ainda mais para dentro.

Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades
1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.

2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas da pessoa: coloque-se atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente. Dê algumas pancadas no alto das costas entre as omoplatas. Cuidado com a força aplicada. No caso de crianças as pancadas deverão ser ligeiras.

3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.

4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vômito.

Se a pessoa engasgou e não consegue respirar
1. Observe se a vítima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem de ar.

2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada: apenas procurar socorro médico imediato.

3. Em outro caso, a solução é provocar o vômito, forçando com isso a saída do objeto. Isto é conseguido colocando seu dedo na garganta da vítima.

4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.

5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a respiração boca-a-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar volte a circular.



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PRIMEIROS SOCORROS - Alcoolismo


Sinais e sintomas
Agitação psicomotora, espasmos musculares (contrações) ou não, salivação intensa ("bába"), perda dos sentidos , relaxamento dos esfíncteres, podendo urinar e evacuar, durante a convulsão.

O que fazer
1 - Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas
2 - Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima
3 - Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa, travesseiro, etc,
4 - Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra , evitando com isso que venha a se afogar
5 - Não imobilizar membros (braços e pernas), deixá-los livres
6 - Afrouxar roupas
7 - Observar se a respiração está adequada, se não há obstrução das vias aéreas
8 - Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (tipo colher, caneta, madeira, dedos, etc.)
9 - Ao lateralizar a cabeça, a língua lateralizou-se também, liberando a passagem do ar.
10 - Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração
11 - Após passar a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.
12 - Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os medicamentos. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode se afogar ao engolir o comprimido e a água.
13 - Se a convulsão for provocada por febre alta (geralmente em crianças), atenda da mesma maneira como descrito no atendimento e dê-lhe um banho com água morna de chuveiro, vista-a com roupas leves e providencie a atendimento médico.
14 - Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire-a do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. É grave e tem risco de vida, se for transportada inadequadamente, pode morrer.

Cuidados
Não discuta com o doente, não seja áspero ou autoritário. Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir-se ou outrem.



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PRIMEIROS SOCORROS - Afogamento

Sinais e sintomas
Agitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardiaca.

O que fazer
1 - Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água

2 - Procurar retirar os objectos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vitima dentro d’água.
3 - Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água;
4 - INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário
5 - EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas
6 - Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação
7 - Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.

Advertência
Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento, corre-se o perigo de se deixar dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.
O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um remo.Em caso contrário, segura-se a cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.

Explicação científica
Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.
No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).
Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2. Soma-se também aesses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constriçãodos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada. Tal coloração é chamada de cianose.
A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) - dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente - e destruição das hemáceas. Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.

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PRIMEIROS SOCORROS - Acidente de viação



Procedimentos que o socorrista deverá seguir por ocasião de um acidente de viação:

1 - Parar imediatamente.

2 - Tomar medidas adequadas a evitar novos acidentes: utilização do triângulo de pré-sinalização de perigo e das luzes de emergência.

3 - Comunicar, através do número nacional de emergência - 112, com a G.N.R. ou a Polícia e, havendo feridos, solicitar a presença de ambulância.

4 - Não deslocar os feridos, não puxar pelos seus membros, não lhes dar de beber (água ou álcool), não lhes retirar o capacete, não os deixar expostos ao frio ou intempéries.

5 - Deverão existir cuidados com a proximidade de combustível, ácido de bateria e fragmentos de vidros.

6 - Dever-se-á tentar retirar a vítima do carro desligando a viatura, libertando o cinto de segurança. Pegar na vítima por trás (pela roupa e pelos antebraços) e retirá-la do carro amparando sempre a cabeça de forma a não agravar lesões cervicais se fôr o caso.
Em caso de paragem respiratória deverá praticar-se imediatamente ao ferido a respiração artificial boca a boca.



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Cuidados em viagens de verão

Micoses

O que é?
A micose é uma infecção na pele causada por fungos.
Como age
Os fungos estão presentes no meio ambiente, nas pessoas, nos animais. Eles gostam de umidade e calor e se alimentam da queratina que fica na superfície da pele. Então, quando o calor aumenta - como no verão -, as circunstâncias ficam ideais e eles começam a se reproduzir, causando a micose.

Sintomas
A micose pode surgir em diferentes partes do corpo e tem aparências diversas. Pode ser uma mancha em forma de círculo, ou bolinhas cheias de água, ou com descamação na borda... Nos pés, é comum uma descamação no meio dos dedos e bolinhas na sola. Nos homens ela aparece muito na virilha, onde causa avermelhamento e descamação. Em crianças, podem causar queda de cabelo quando surgem no couro cabeludo.

Como prevenir?
O ideal é evitar locais propícios para o crescimento de fungos, isto é, úmidos e quentes. Então, evite: andar descalço em vestiário de piscina, tocar em animais desconhecidos (principalmente se seus pêlos estiverem caindo), usar calçados de outras pessoas. Além disso, tente sempre deixar o ambiente arejado, ande descalço dentro de casa e use sandálias abertas sempre que possível, use roupas de algodão que facilitam a transpiração, enxugue bem todas as "dobras" do corpo: atrás do joelho, entre os dedos...

Como tratar?
O tratamento pode ser feito com remédios ou cremes, dependendo do local e da extensão atingida.

A quem recorrer?
Se perceber algum sintoma, procure seu dermatologista.



Brotoejas

O que é?
Também chamadas de miliária, brotoejas são erupções que acontecem em criancas, na regiao das "dobras", como o pescoço.

Como age
As brotoejas estão relacionadas à secreção das glândulas sudoríparas. Elas aparecem como resultado do calor e do excesso de transpiração.

Sintomas
Elas se apresentam como bolhinhas de água vermelhas, acompanhadas de coceira.

Como prevenir?
Já que brotoejas são resultado do excesso de transpiração, a solução é tentar prevenir isso. Evite sol e ambientes muito quentes (como um carro estacionado sob o sol), mantenha o quarto ventilado, não agasalhe demais as crianças (nem para dormir), não exagere na temperatura do banho e não forre seus colchões com plástico.

Como tratar?
Além dos cuidados citados acima, você pode misturar maizena no banho da criança ou passar pasta d'água (comprada em farmácias). Isso vai acalmar a pele.

A quem recorrer?
Se perceber algum sintoma, procure seu dermatologista.


ATENÇÃO: Estas são informações gerais sobre o assunto, descritas em literatura médica ou por médicos especializados. Este texto não deve ser usado para qualquer tipo de diagnóstico ou automedicação. Em caso de qualquer suspeita, procure imediatamente seu médico.


Fonte: http://saude.terra

Cuidados com a pele sob o sol

Para se proteger do envelhecimento precoce, queimaduras e, principalmente, do câncer de pele, o uso de protetor solar é fundamental.
Ao contrário do que você pode imaginar, você deve usar protetor todos os dias, não apenas quando for tomar banho de sol. No dia-a-dia, provavelmente, você não corre o risco de queimaduras, mas o acúmulo de exposição ao sol é o principal desencadeador do câncer de pele.



Escolha bem:
• O filtro solar deve oferecer proteção contra UVA e UVB.
• Prefira um tipo resistente à água.
• Opte por protetores sem fragrância ou corantes. Isso diminui o risco de fotoalergias.
• Veja se ele é apropriado ao grau de oleosidade da sua pele, para não induzir a formação de cravos e espinhas.
• Não é recomendável usar qualquer tipo de protetor ou bronzeador feito em casa. Eles podem ser causa de alergia e potencializar a ação da luz do sol, aumentando os danos.
Na praia ou piscina:
• O produto deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição.
• Reaplique-o sempre que você sair da água, e com a freqüência indicada na embalagem do produto que você estiver usando.
Não se esqueça de passar:
• É muito comum esquecer de passar em certos locais como orelha, pés, axilas. Não se distraia! O esquecimento pode causar queimaduras que, acumuladas, podem ser fator de risco de câncer de pele.
• Atenção especial também para nariz e ombro, que têm um contato mais direto com os raios solares.
• Calvos devem tomar cuidado especial com o couro cabeludo.

Proteja-se contra doenças que chegam com o sol

Todo mundo sabe: a pele precisa de um cuidado especial durante o verão.
Além do perigo do câncer de pele, que, é bom ressaltar, está presente o ano todo, há aqueles incômodos mais típicos das épocas quentes, como micoses e cloasmas (manchas amarronzadas que aparecem no rosto).
Os olhos também precisam de uma atenção, para você não terminar o verão com uma conjuntivite (que, nas épocas de calor, são comumente causadas por bactérias).
A preocupação maior é, é claro, o câncer de pele. Apesar de não ser uma "doença de verão", essa é a hora de se proteger. Não é em um único verão que você desenvolve a doença, mas o acúmulo de verões sem proteção são um grande fator de risco.


Câncer de pele

O que é?
É um tumor (crescimento desordenado de células) que ocorre na pele.
Como age
Existem três tipos de câncer de pele. O carcinoma basocelular é o mais freqüente (70% dos casos). Ele é mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu surgimento está diretamente ligado à exposição solar cumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase (quando o câncer se espalha pelo corpo), pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos. O carcinoma espinocelular é o segundo tipo mais comum e pode provocar metástase. Entre suas causas, além da exposição prolongada ao sol sem proteção estão o tabagismo, a exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade. O melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. É mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível. Normalmente, inicia-se com uma mancha escura.
Sintomas
Os sinais mais comuns são mudanças na pele aparentemente inocentes, como uma ferida que não sara ou uma pequena lesão endurecida, brilhante ou avermelhada e pintas, sinais e verrugas que crescem ou mudam de cor. Os homens têm maior incidência no tronco, na cabeça ou no pescoço, enquanto que as mulheres geralmente a apresentam nos braços e nas pernas.
Como prevenir?
O câncer de pele costuma aparecer depois dos 35 anos e acontece após uma vida inteira de exposição ao sol. Por isso, proteger seu pele do sol desde a infância é a sua melhor arma (use sempre protetor solar, evite o uso de câmaras de bronzeamento artificial) . É preciso um cuidado ainda maior com as pessoas com o biótipo de risco: pele e olhos claros, sardas e antecedentes de câncer da pele (inclusive, na família).
A quem recorrer?
Se perceber algum sintoma, procure seu dermatologista.

(Lúcia Arruda, presidente da Soc. Brasileira de Dermatologia/SP)



Auto-exame de pele

O auto-exame de pele é um método simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma. Se diagnosticado e tratado enquanto o tumor ainda não invadiu profundamente a pele, o câncer de pele pode ser curado.


Quando fazer?
Ao fazer o auto-exame regularmente, você se familiarizará com a superfície normal da sua pele. É útil anotar as datas e a aparência da pele em cada exame.

O que procurar?
• Manchas pruriginosas (que coçam), descamativas ou que sangram;
• Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor;
• Feridas que não cicatrizam em 4 semanas;
• Deve-se ter em mente o ABCD da transformação de uma pinta em melanoma, como descrito abaixo:
- Assimetria - uma metade diferente da outra
-Bordas irregulares - contorno mal definido
- Cor variável - várias cores numa mesma lesão: preta, castanho, branca, avermelhada ou azul
- Diâmetro - maior que 6 mm

Como fazer?
1. Em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e os lados direito e esquerdo;
2. Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas;
3. Examine as partes da frente, detrás e dos lados das pernas além da região genital;
4. Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os entre os dedos;
5. Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas;
6. Finalmente, ainda com auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas.



Inca (Inst. Nacional do Câncer)

CUIDADOS COM O SOL III

O sol é fundamental para a vida em nosso planeta. Porém, a exposição exagerada aos raios ultra-violeta (UV), que são parte de seus componentes, pode causar alguns danos à saúde.

O sol emite tanto raios visíveis (luz visível e luz infravermelha), quanto invisíveis. Os raios invisíveis são conhecidos como raios ultravioleta e se dividem tipo A (UVA), tipo B (UVB) e tipo C (UVC). Os raios ultravioleta correspondem à maior parte do espectro da radiação ultravioleta. São os mais longos e atingem áreas mais profundas da pele. Produzem alterações que levam a manchas, ao fotoenvelhecimento e ao câncer. Mantêm sua intensidade constante durante todo o ano.




Para manter-se saudável e evitar doenças é importante expor-se ao sol, mas tomando sempre algumas precauções:
• Use filtros/bloqueadores solares, diariamente. Preste bastante atenção às partes do corpo que são expostas ao sol todos os dias mesmo quando você não está na praia ou na piscina como rosto, orelhas, pescoço e braços;
• Quando estiver em exposição direta ao sol, reaplique o filtro/bloqueador solar de 2 em 2 horas e sempre após nadar ou atividade física intensa;
• Use filtros solares/bloqueadores solares em crianças a partir de 6 meses de idade;
• Evite se expor ao sol no horário entre 10h e 15h;
• Use flitro/bloqueador solar mesmo em locais sombreados ou em dias nublados;
• Proteja-se durante o ano todo e não só no verão;
• Lembre-se sempre que as crianças precisam de ainda mais proteção que você. Até os 6 meses de idade os bebês devem ser mantidos fora da luz direta do sol. Mas, se não houver sombra à vista, use protetor solar. Pergunte ao seu médico qual o mais indicado para a criança.
• Use chapéu e roupas adequadas. Um boné pode ajudar muito na sua proteção, e roupas de algodão, de cores escuras, podem contribuir para manter a luz do sol fora.
• Não se esqueça dos óculos de sol. E escolha lentes que bloqueiem raios ultravioleta A e B.
• Os cuidados devem ser maiores em grandes altitudes e em climas tropicais, porque as radiações solares são mais intensas nessas áreas.
• Cuidado com os remédios que você usa, porque alguns deles podem fazer com que sua pele fique mais sensível ao sol. Pergunte ao seu médico.




Fonte:http://portal.mapfre.com.br

CUIDADOS COM O SOL II

Preste atenção para não se queimar pois o bronzeado já é um sinal de dano à sua pele causado pelo sol. E é um dano que se acumula, dia após dia, por toda a sua vida.


Efeitos benéficos
A luz do sol promove a síntese da vitamina D, necessária para fortalecer os ossos e evitar o raquitismo. Há também evidência de uma ligação entre exposição solar, produção aumentada de hormônios e melhora da disposição e do humor. Isto parece ter um papel importante na manutenção da saúde mental e dos ritmos circadianos. A privação prolongada de luz do sol, tal como ocorre em países do extremo norte durante o inverno, pode levar a distúrbios de ordem afetiva sazonal, caracterizado pela conhecida depressão nos invernos.


Efeitos maléficos
As alterações que ocorrem na sua pele pela exposição ao sol são: bronzeado, queimadura, sardas, reações de fotossensibilidade, imunossupressão, entre outras.
Essas alterações levam anos para se desenvolver e causam: rugas, manchas, perda de elasticidade e fotoenvelhecimento
Alterações graves como o câncer de pele podem ser letais e a maioria deles resulta de exposição excessiva à luz do sol. Os principais tipos são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular, epidermóide ou escamoso, e o melanoma. O câncer de pele é completamente curável quando tratado em seus estágios mais precoces.



# Todo mundo necessita se proteger do sol. Não importa a idade ou cor da pele.

O cuidado deve ser redobrado para quem tem a pele muito branca, olhos claros, cabelo vermelho, sardas, pessoas cuja pele se queima muito, mesmo com pouca exposição ao sol, bebês e crianças pequenas, pessoas com vitiligo, albinismo, porfirias, xeroderma pigmentoso, lupus eritematoso, eczema, rosácea e herpes simples.

Quando a pele é exposta à radiação ultravioleta, uma resposta da pele para se proteger tem início. As células chamadas de melanócitos, presentes na epiderme, produzem o pigmento melanina. Essa melanina pode absorver radiação UV e proteger a pele. Pessoas com pele mais escura têm a mesma quantidade de melanócitos que aqueles com pele clara, mas podem produzir mais melanina, o que lhes dá maior proteção.

Limite seu tempo no sol, apesar da hora ou estação.
Evite pegar sol entre 10 da manhã e 4 da tarde, quando raios de sol são os mais fortes. Procure ficar na sombra.
Cubra-se com roupas apropriadas, chapéu e óculos escuros.
Protetor solar, filtro solar, fotoprotetor ou fotobloqueador
Use um protetor solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais alto sempre que você estiver ao ar livre, até mesmo para esperar um ônibus na rua. Ele pode reduzir a incidência da maioria dos tipos comuns de câncer de pele e diminuir o envelhecimento precoce da pele.
Escolha um protetor solar com ingredientes que bloqueiam tanto os raios ultravioleta B quanto os ultravioleta A. Quanto mais alto o número do FPS, maior a proteção contra o sol.
Se possível, aplique-o 15 a 30 minutos antes de sair ao sol e reaplique o protetor solar se você suar, nadar, ou pelo menos de 2 em 2 horas. Atenção particular deve ser dada à proteção das mãos, ombros, orelhas, pescoço, nariz, pés, lábios e a área em volta dos olhos. Evite contato com os olhos e pálpebras.


Os protetores solares não devem ser aplicados em bebês com menos de 6 meses.

Fique bem longe de dispositivos de bronzeamento artificial como camas, refletores ou lâmpadas, a radiação ultravioleta emitida por lâmpadas artificiais é muito mais intensa que a luz do sol natural. Pode haver queimadura, envelhecimento prematuro da pele, e com certeza haverá no futuro um maior risco de câncer de pele.

Preste particular atenção aos bebês e crianças

Proteja as crianças e comece a lhes ensinar como se proteger do sol bem cedo na vida.

Proteja-se mesmo em dias nublados. As nuvens fornecem pouca proteção contra raios ultravioleta.

Proteja-se se você mora ou passa férias em latitudes mais perto ao equador, onde o sol é mais potente.

Quanto maior a altitude em relação ao nível do mar mais intensa a radiação ultravioleta.
Água, areia, concreto e neve estão altamente reflexivas e por isso a radiação alcança a pele até mesmo na sombra.

Reações de fotossensibilidade são reações anormais e exageradas à exposição ao sol.
Alguns medicamentos como certos antialérgicos do tipo antihistamínicos, fenotiazidas, tetraciclinas, pílula anticoncepcional e barbitúricos, entre outros, podem fazer com que a pele fique mais suscetível a queimaduras ou provocar reações como erupções, vermelhidão e inchação da pele. Indivíduos com doenças como vitiligo, lupus eritematoso e herpes simples, ou recebendo radioterapia também podem ser ter maiores problemas após a exposição solar.

Alergias ao protetor solar são raras. Isto pode ser devido ao agente ativo do produto ou aos outros ingredientes do protetor solar, tais como fragrâncias e preservativos. Se você desenvolver uma erupção ou vermelhidão, tente um produto diferente. Se a reação for intensa, consulte seu dermatologista.

Certificado Internacional de Vacinação

Quem viaja para o exterior deve conferir se seu destino é alvo de doenças ou epidemias, principalmente de febre amarela.
Em muitos casos, é preciso apresentar um comprovante de imunização e tomar precauções para entrar no país.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 120 países exigem o certificado internacional de vacinação contra febre amarela de pessoas que vieram de áreas infectadas pela doença, incluindo quem mora no Brasil.
Os passageiros que estiverem entrando no país e passarem por regiões de risco também devem apresentar o certificado.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, órgão do Ministério da Saúde, também recomenda a vacinação contra febre amarela a pessoas que circulam por zonas endêmicas brasileiras como: Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
A vacina é gratuita, tem validade de dez anos e deve ser tomada pelo menos dez dias antes do embarque, tempo que leva para fazer efeito.

O certificado internacional é válido por dez anos, a partir de dez dias da primeira dose ou do dia da revacinação, e pode ser fornecido nos locais da aplicação, ou seja, postos do Ministério da Saúde ou agências da Vigilância Sanitária.
Muitos aeroportos, portos e fronteiras têm postos de vacinação. Apenas de 2% a 5% das pessoas apresentam reações adversas, no período de 5 a 10 dias após a aplicação. Os efeitos mais comuns são dor de cabeça, dor muscular e febre baixa. A vacina não deve ser tomada por grávidas, crianças com menos de seis meses, pessoas alérgicas a proteína de ovo, portadoras de imunodeficiência, contaminadas pelo vírus HIV ou que estejam usando medicamentos quimioterápicos ou a base de corticosteróides. Neste caso, o viajante deve ter um documento com os motivos médicos para que não seja vacinado. Também é aconselhável que as pessoas se imunizem contra gripe quando forem viajar durante o inverno, principalmente para o hemisfério norte.

Segue abaixo os Países que exigem certificado de vacinação para febre amarela.
Na hipótese de que o destino seja outro país que não exige vacina contra febre amarela, mas há conexão aérea em um dos países que exigem a vacina, é necessário tomá-la.
- Afeganistão
- Albânia
- África do Sul
- Angola
- Anguilla
- Antigua e Barbados
- Antilhas Holandesas
- Arábia Saudita
- Argélia
- Austrália
- Bahamas
- Bangladesh
- Barbados
- Belize
- Benin
- Bolívia
- Brasil
- Brunei
- Burkina Faso
- Burundi
- Butão
- Cabo Verde
- Camboja
- Camarões
- Cazaquistão
- Chade
- China
- Colômbia
- Congo
- Costa do Marfim
- Djibuti
- Dominica
- Egito
- El Salvador
- Equador
- Eritréia
- Etiópia
- Fiji
- Filipinas
- Gabão
- Gâmbia
- Gana
- Granada
- Grécia
- Guadalupe
- Guatemala
- Guiana
- Guiana Francesa
- Guiné
- Guiné Bissau
- Guiné Equatorial
- Haiti
- Honduras
- Iêmen
- Indonésia
- Índia
- Ilha Pitcairn
- Ilha Reunião
- Ilhas Salomão
- Ilhas Seychelles
- Iraque
- Jamaica
- Jordânia
- Kiribati
- Laos
- Lesoto
- Líbano
- Libéria
- Líbia
- Madagascar
- Malásia
- Malaui
- Maldivas
- Mali
- Malta
- Maurício
- Mauritânia
- Moçambique
- Myanma
- Namíbia
- Nauru
- Nepal
- Nicarágua
- Níger
- Nigéria
- Niue
- Nova Caledônia
- Omã
- Palau
- Panamá
- Papua Nova Guiné
- Paquistão
- Paraguai
- Peru
- Polinésia Francesa
- Portugal
- Quênia
- Republica Centro Africana
- Ruanda
- Samoa
- Samoa Americana
- Santa Helena
- Santa Lúcia
- São Cristóvão e Névis
- São Tome e Príncipe
- São Vicente e Granadinas
- Serra Leoa
- Senegal
- Singapura
- Síria
- Sri-Lanka
- Somália
- Suazilândia
- Sudão
- Suriname
- Tailândia
- Tanzânia
- Togo
- Tonga
- Trinidad e Tobago
- Tunísia
- Uganda
- Vietnã
- Zâmbia
- Zaire
- Zimbabue

O Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) é um documento que comprova a vacinação contra a febre amarela e/ou outras doenças. A possibilidade de exigência do CIVP é prevista no Regulamento Sanitário Internacional (RSI).

De acordo com Nota Técnica nº 06/07/DEVEP/SVS/MS (PDF) o Brasil passa a recomendar a vacinação contra Febre Amarela para viajantes procedentes de áreas internacionais de risco para transmissão da doença ou com destino a estas áreas, bem como para viajantes com destino as áreas nacionais de risco para transmissão da mesma.

Conforme a referida Nota Técnica, o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP), válido contra a Febre Amarela passa a ser exigido, conforme Decreto nº 87, de 15 de abril de 1991, somente para entrada em território nacional de viajantes internacionais procedentes de áreas de ocorrência de Febre Amarela que apresente risco para disseminação internacional. No momento não há nenhuma área apresentando risco de disseminação internacional da doença e, à medida que for estabelecido tal risco, será amplamente divulgado.

O Cartão Nacional de Vacina não possui validade internacional devendo ser apresentado nos Centros de Orientação ao Viajante para a emissão do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia.


Para a emissão do CIVP é necessário:
Caso tenha realizado a vacinação em unidade de vacinação da rede municipal ou estadual, a apresentação do Cartão Nacional de Vacinação preenchido corretamente com: data da administração da vacina, lote da vacina, assinatura do profissional que realizou e identificação da unidade de saúde;
Apresentação de documento de identidade oficial com foto (carteira de identidade, passaporte, carteira de motorista válida, etc);
A população indígena que não possui documentação está dispensada da apresentação de documento de identidade;
Apresentação da Certidão de Nascimento para menores de idade (a vacina é recomendada para crianças a partir de 9 meses).
A emissão do CIVP pela autoridade sanitária estará condicionada a assinatura do viajante no ato, sendo imprescindível sua presença.


Isenção de vacinação

Para casos em que a vacinação ou a profilaxia for contra-indicada, deverá ser emitido o Atestado ou Certificado de Isenção de Vacinação e Profilaxia. A emissão deste certificado pode ser realizada por um profissional médico ou por um Centro de Orientação ao Viajante. Quando emitido por profissional médico deverá se utilizado o modelo de atestado médico específico, disponível abaixo, observando-se:

I. Preenchimento completo e de forma legível dos dados;
II. Identificação do profissional médico e do local onde for efetuado o atendimento;
III. Parecer médico de contra-indicação de vacinação ou profilaxia.

Para a emissão do Certificado de Isenção de Vacinação é necessário:

Documento de identidade oficial com foto (carteira de identidade, passaporte, carteira de motorista válida, etc);
A população indígena que não possui documentação está dispensada da apresentação de documento de identidade;
Para menores de idade (a vacina é recomendada para crianças a partir de 09 meses) é necessária a apresentação da Certidão de Nascimento.
Atestado médico de contra-indicação de vacinação ou profilaxia onde conste o nome do viajante e a contra-indicação para o recebimento da vacina contra febre amarela. O atestado deverá conter o endereço completo e o telefone do consultório, bem como o CRM, assinatura e carimbo do médico responsável.
Esclarecemos que os Centros de Orientação de Viajantes credenciados para emissão do CIVP poderão aceitar chancelar os atestados médicos de contra-indicação que estejam escritos em outros idiomas ou, caso o atestado médico não atenda ao solicitado (modelo acima referido), emitir um certificado de Isenção.

Como usar o Filtro Solar Corretamente




- Quando Aplicar?
O ideal é aplicar 30 minutos antes da exposição ao Sol

- Quanto Aplicar?
A quantidade correta de filtro solar deve observar a seguinte proporção - a quantidade de filtro que couber em um dedo indicador é o suficiente para proteger uma área equivalente ao dorso de sua mão.

- Como aplicar?
Espalhe o filtro solar suavemente até deixar por toda a pele uma superfície esbranquiçada, não devemos esfregar o produto até ele ficar transparente.

- Quando renovar?
O indicado é renovar a aplicação de filtro solar, no mínimo a cada 2 horas e sempre que entrar na água.

- Qual o Fator de Proteção eu devo usar?
O fator de proteção solar vai depender do seu tipo de pele porem um fator seguro é igual ou superior a 15.




Fonte: www.saudenainternet.com.br

Cuidados com o Sol I




Quem fica exposto ao Sol deve se proteger usando protetor solar com um fator de proteção no mínimo 15 (FPS), pois é no verão que a radiação solar é mais prejudicial à saúde de nossa pele. Especialistas alertam que o uso do filtro solar é essencial para se evitar queimaduras e câncer de pele, porém tem de ser usado da maneira correta.

Um bom exemplo de prática comum - e errônea - é passar o filtro solar na hora de praticar atividade física ou se expor ao sol. O ideal é passar o filtro com um período mínimo de 30 minutos antes da exposição ao sol. A renovação da proteção também costuma ser desrespeitada pelas pessoas.

A renovação é importante também para pessoas que praticam esportes aquáticos. No caso do triathlon, por exemplo, é fundamental o atleta passar protetor solar depois da natação. Por mais que o produto indique que não sai na água, a sua eficácia diminui bastante.

Efeitos da altitude


Em altitude há um aumento no ritmo da respiração e do batimento cardíaco, é comum também experimentar dor de cabeça, insônia, apnéia durante o sono, tosse, perda de apetite, enjôo, vômitos, diminuição da coordenação motora e fadiga. A urina, que no processo de aclimatação tende a aumentar, agora diminui devido à desidratação que o corpo passa. Em altitude o ambiente externo, muito seco e de baixa pressão, "suga", quase que por osmose, o líquido em nosso corpo. Perde-se muita água apenas respirando. É muito importante manter-se bem hidratado, mesmo quando não há sinais de sede. É recomendável também evitar bebidas alcólicas, pois o alcool contribui na desidratação.

A síndrome de altitude pode se agravar para um edema pulmonar e/ou cerebral. Fluídos invadem os pulmões, causando crises de tosse fortíssimas e eventualmente podendo literalmente afogar a pessoa. No caso de edema cerebral há uma dilatação do cérebro (também devido ao vazamento de fluídos) no compartimento rígido do crânio, causando fortes dores de cabeça, perda de coordenação e incapacidade de raciocínio. Ambos os casos de edema, se não tratados a tempo, podem levar à morte.

Para a melhora desses sintomas existem algumas drogas que podem ser administradas, mas o tratamento ideal (quando possível) é simplesmente baixar de altitude. Existe um velho ditado de montanha que serve de receita a uma boa aclimatação: Suba alto durante o dia, durma baixo à noite (climb high, sleep low).

Cada pessoa responde de forma única à altitude, a própria genética determina em parte a facilidade ou dificuldade nessa adaptação, mas de forma geral a aclimatação se torna mais eficiente quando feita de forma gradual e quando a pessoa está bem condicionada fisicamente. O estado emocional também conta, pois o stress tem um efeito vaso constritor, prejudicando a circulação do sangue. Detalhes como não fumar, e uma boa dieta, facilitam na adaptação à altitude.

Existe também a memória fisiológica, como aponta o montanhista Tiaraju Fialho: "A memória fisiológica fica gravada no organismo, acelerando os processos fisiológicos de aclimatação de quem já esteve mais vezes em grandes altitudes. Lembro de uma entrevista do Kukuczka*, ao retornar da primeira invernal ao Kanchenjunga, na qual ele dizia que a melhor aclimatação era estar lá, sempre!"

*Jerzy Kukuczka, escalador polonês de alta montanha. Em 1987 se tornou o segundo homem depois de Reinhold Messner a ter escalado todas as montanhas com mais de 8000 metros do mundo. O alpinista morreu durante uma tentativa de escalar a face sul do Lhotse, no Nepal, em 24 de outubro de 1989, a uma altitude de cerca de 8200 metros.

(Webventure)


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Ar rarefeito e aclimatação

A composição do ar é de aproximadamente 78% nitrogênio, 21% oxigênio e o 1% restante é composto de vapor de água, dióxido de carbono, metano e outros gases. Todos esses elementos estão confinados em uma camada da atmosfera chamada troposfera, que se estende da superfície do planeta até a base da estratosfera, tendo uma espessura que varia de 17 km nos trópicos a 7 km nos pólos. Todo esse ar tem um peso na superfícia do planeta, e embora a concentração de O2 no ar permaneça praticamente a mesma (21%) tanto ao nível do mar como a 8000m de altitude, a pressão diminui na medida que a altitude aumenta, devido ao peso do ar ser menor nas altitudes elevadas (menos ar em cima).

Com a diminuição da pressão atmosférica, o ar vai se tornando rarefeito, menos denso, e o número de moléculas de O2 disponíveis por metro cúbico diminui. Ou seja, não é que exista menos oxigênio no ar, mas sim menos ar no ambiente. Conseqüentemente, menos oxigênio disponível para ser respirado.

Com menos oxigênio entrando nos pulmões, a hemoglobina presente no sangue não consegue transportar a quantidade necessária de oxigênio para manter o equilíbrio das funções fisiológicas do corpo. O montanhsita Antonio Paulo Faria escreve no seu livro Montanhismo Brasileiro – Paixão e Aventura: "No nível do mar a hemoglobina pode transportar 19,5 ml de oxigênio em cada 100 ml de sangue; a 3000m de altitude a mesma quantidade de hemoglobina só consegue transportar 18,5 ml para cada 100 ml de sangue, ou seja, só há 95% de oxigênio disponível; a 8000m a mesma quantidade de hemoglobina só consegue transportar 8,5 ml para cada 100 ml de sangue."

Na privação de oxigênio, o corpo humano entra em um estado conhecido como hipoxia. É imprescindível uma adaptação a esse novo ambiente para sobreviver, e este processo de adaptação é conhecido no montanhismo como aclimatação. Nos primeiros dias em altitude, os rins, órgãos extremamente sensíveis à química do sangue, reagem secretando um hormônio conhecido como EPO (Eritropoietina), que aumenta a produção de glóbulos vermelhos na corrente sanguínea e a capacidade muscular. Os rins também mandam mais água para a bexiga, que sai na forma de urina, fazendo com que o corpo elimine uma quantidade maior de fluídos. Essa diurese, e o aumento de células vermelhas, torna o sangue mais espesso, o que pode em alguns casos interferir na irrigação de vasos mais finos, normalmente encontrados nas extremidades (circulação periférica).

Nesse aspecto, o escalador Maurício Clauzet coloca: "A hidratação é fundamental, não exatamente ao processo de aclimatação, mas à reação do corpo ao aclimatar. O aumento de hemácias torna o sangue mais espesso, viscoso, e isso prejudica a irrigação das extremidades e tecidos muito capilarizados, facilitando o congelamento dessas partes."

Samantha Chu acrescenta: "a hidratação é essencial, pois com o frio as pessoas sentem menos necessidade de ingerir água, correndo maior risco de se desidratar, o que acontece em lugares frios independentemente da altitude. As pessoas não sentem sede porque não sentem calor mas continuam transpirando e perdendo água através da respiração e transpiração. Além disso deve-se lembrar que ingerimos uma quantidade significante de água através dos alimentos no dia-a-dia o que não acontece em altitude devido à natureza dos alimentos ingeridos, geralmente desidratados, liofilizados, etc, ou seja, sem água. E, especialmente em altitude, é essencial que o organismo tenha água para poder funcionar normalmente. O ideal é ingerir pelo menos os 3 litros/dia recomendados, porque perdemos água sem perceber."

Quando o corpo não consegue se aclimatar à altitude, seja por subir muito rápido, não dando tempo suficiente ao organismo para se adaptar, ou por outros fatores, inclusive genéticos, ou em situações onde o corpo está aclimatado, mas permanece exposto à altitude por um período muito prolongado, existe o risco da pessoa entrar em um estado conhecido como "síndrome de altitude", ou "mal da montanha", que nos casos mais extremos pode se agravar e levar a um edema pulmonar e/ou edema cerebral.
(Filippo Croso - Webventure)





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Fisiologia de Montanha - Consequências ao organismo

Edema Pulmonar

Causado por perda de fluídos sangüíneos através de osmose. Os escaladores começam a perder a capacidade pulmonar gradativamente e tossir tais fluídos. Edemas pulmonares podem ser fatais se não tratados em questão de horas. Um bom remédio para este tipo de edema é simplesmente perder altitude. Este tipo de edema geralmente acontece quanto o escalador não se aclimata corretamente. Algumas pessoas, mesmo depois de longos processos de aclimatação, acabam contraindo edemas pulmonares. Um quadro de mal de montanha pode evoluir para edema pulmonar severo em questão de horas. Cada pessoa responde diferentemente à altitude e para os que ainda não tem experiência, é melhor se prevenir e ficar cauteloso ante edemas pulmonares.

Aumento da Hemoglobina

Estimulada pela falta de oxigênio (hipóxia) a medula óssea produz mais células vermelhas para assim conduzir mais oxigênio para o corpo. Por um lado, isso é bom pois o sangue contém mais oxigênio, mas por outro (aliás, outros dois), o sangue coagula facilmente, especialmente com a desidratação que é normal em altitudes extremas. Pelo fato do sangue se tornar mais espesso, ele circula com mais dificuldade pelo corpo, especialmente nas extremidades. Isso faz com que as calorias sejam mal distribuídas, podendo levar um membro ao congelamento em questão de minutos.

Edema Cerebral

Acima de 4000 metros, um coração normal bombeia muito mais sangue do que se estivesse ao nível do mar. Com o acréscimo da circulação e uma atmosfera 3 vezes menor que o normal, a pressão corporal faz que mais fluídos sanguíneos permaneçam no tecido cerebral. Inicialmente, isso causa dores de cabeça e náuseas. Mas depois de alguns dias de má aclimatação, isso pode chegar a rupturas de vasos sanguíneos e logo à morte. Pessoas com esse tipo de derrames devem ser levadas a altitudes mais baixas imediatamente, caso contrário não há forma de evitar a morte.

Hemorragias retinais

O excesso de fluído sanguíneo nos olhos e também o excesso de hemoglobina, pode causar pequenas rupturas nos vasos capilares na retina. Isso chega a ser normal acima de 5000 metros, é indolor e causa pequenas bolhas de sangue na retina. Mais tarde, essas bolhas podem se tornar maiores e causar perca temporária da visão, que pode ser irreversível.


Desidratação

Para manter o ritmo da circulação, os pulmões acabam trabalhando muito mais do que o normal. Muito mais água é perdida pelo vapor expirado, e isso pode levar logo à desidratação. Médicos recomendam que os escaladores bebam aproximadamente 6 litros por dia. Mas em si, isso já é uma luta, já que a água é conseguida por derretimento de neve. Náuseas e falta de sede, mesmo com a desidratação, são muito comuns nas altitudes extremas.


Fadiga Muscular

Devido ao consumo excessivo de oxigênio, os músculos ficam cansados facilmente. O gasto calórico chega a 2 ou 3 vezes maior que o nível do mar. Mesmo as simples atividades como respirar e dormir, acabam tornando-se cansativas. As reservas de energia dos músculos é consumida rapidamente se a necessidade calórica não for suprida pela alimentação. Acima de 5500 metros de altitude, o corpo não consegue repor mais os gastos, a massa muscular é consumida rapidamente. Isso faz parte da deterioração a que o escalador é submetido em altitudes extremas.

Digestão

O excessivo gasto calórico e também o excessivo consumo de oxigênio por parte dos músculos de maior porte (pernas, braços, abdómen), deteriora o processo da digestão nas grandes altitudes. Os músculos digestivos não trabalham mais como nas altitudes baixas. A zona acima de 5500 metros é chamada de "zona da morte" exatamente por isso. Até este ponto, o consumo calórico e de oxigênio, se balanceiam. Atividades simples como respiração, não requerem tanto oxigênio e calorias, sobrando assim, recursos para a digestão. Mas acima desta altitude, o processo se inverte e o corpo começa a se auto-consumir. A massa muscular é consumida rapidamente. Numa aclimatação mal sucedida (ou mesmo na bem sucedida), é comum que o escalador adquira diarréia. Falta de apetite e ausência de sede também são comuns nas grandes altitudes. É normal numa escalada a uma montanha de 6000 metros, que o escalador perca de 5 a 10 kg de massa. Em 1986, o espanhol Fernando Garrido quebrou o record mundial de permanência em altitude. Ele ficou mais de 60 dias no cume do Aconcágua, com 6962 metros. Garrido perdeu mais de 22 kg e teve que ser resgatado!

Congelamentos

O processo de produção de glóbulos vermelhos no sangue chega a duplicar nos primeiros dias a 5000 metros de altitude. Isso consome grandes quantidades de água e energia. Com maiores quantidades de hemoglobina e glóbulos vermelhos, o sangue ganha maior capacidade de captação de O2. Consequentemente, este fica muito mais espesso. As extremidades corporais (dedos, orelhas, nariz) são as mais afetadas pois não recebem sangue com a mesma rapidez que em altitudes baixas. O frio extremo retira calorias com muito mais rapidez destas extremidades, resultando em congelamento. Para ajudar com o processo de captação de oxigênio, o coração bombeia sangue com mais rapidez, o que gasta mais calorias que já eram quase ausentes.

Mesmo com roupas de penas de ganso (um dos melhores isolantes térmicos existentes) ou de fibras sintéticas, o corpo não quase não consegue produzir calorias e destiná-las às extremidades. A idéia das roupas é de parar um pouco a perca do calor do corpo para o ambiente. Frio de 30 graus negativos é totalmente diferente quando se está a 6000 metros e ao nível do mar. A perca de calor é muito maior nas grandes altitudes.


Beber água e se aclimatar bem é a chave para prevenção de congelamentos em altitude. Mantêr o sangue num estado liqüefeito normal fará com que a circulação nas extremidades corporais seja constante, o que diminuirá os riscos de congelamentos. O uso de aspirinas como medida preventiva é também uma boa estratégia. A aspirina contribui não deixando o sangue engrossar tanto durante o processo de aclimatação.

Nunca é demais dizer: Preste atenção no que você compra para colocar nas suas mãos e pés!!! Em cadeias montanhosas baixas como os Alpes, ou mesmo montanhas baixas ao redor de 4500 metros nos Andes, é aceitável o uso de botas semi-rígidas. Acima disso, ou em cadeias montanhosas nas extremas latitudes (Antártida, Alaska), no mínimo, são necessárias botas-plásticas. Em montanhas de 6000 metros no Alaska e Antártida e em montanhas de 8000 metros é preciso algo mais. Botas com polainas e isolamento incorporado como as Millet OneSport® ou Everest®, dominam os pés dos escaladores nas grandes altitudes. No entanto, é possível escalar com botas plásticas pesadas, com cobre-botas de neoprene.

Luvas têm as suas limitações e por haverem tantos tipos e modelos é difícil uma apropriada. Sempre tenha uma luva nas mãos, mesmo na hora de manipular equipamentos. Há tipos de luvas bem finas que cumprem esta função. À temperaturas ambientes menores que -20†C, é imprescindível o uso de mitons. Não podemos esquecer que adição de vento (sensação térmica menor) e humidade (condução maior), podem fazer com que o seu corpo perca muito mais calorias.

Um grande salto na prevenção de congelamentos nos pés e mãos, foi a invenção de aquecedores químicos. Geralmente estes vêm em pequenos sacos de tecido, pouco maiores que um saquinho de chá. Ao entrar em contato com o ar, eles produzem calor de até 80†C. Aquecedores químicos podem ser usados no interior de luvas e botas e geram calor por até 8 horas.

(Maximo Kausch)

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Efeitos da altitude na fisiologia e o processo de aclimatação
O corpo humano é perfeitamente adaptado para operar no habitat em que nasce e vive a maior parte da sua vida. Condições de temperatura, pressão, gravidade e radiação, entre outros fatores, fazem parte das variáveis que atuam sobre nossos processos físicos, químicos e biológicos.

Imagine como seria se a força da gravidade fosse como a da Lua, onde um salto para cima nos ergueria vários metros do solo. Com a nossa musculatura terraquea poderíamos escalar XI grau com facilidade. Por outro lado, em Júpiter, não conseguiríamos nem dar um passo, e provavelmente seríamos esmagados só com o peso do próprio corpo. Aliás é um absurdo em filmes de ficção científica, os personagens se deslocando por diversos planetas diferentes e caminhando como se todos os planetas tivesses exatamente 1G de gravidade. Muito inverossímil... essas mentiras só perdem para os filmes de escalada feitos pelos mesmos estúdios de cinema.

E a radiação solar? Se não fosse a camada de ozônio e o campo eletromagnético da Terra para nos proteger dos ventos solares, estaríamos fritos, literalmente. O mesmo acontece em relação à temperatura e pressão. Existe um equilíbrio interno que rege o bom funcionamento do corpo humano, e qualquer alteração nas condições externas irá ter uma influência neste equilíbrio, e conseqüentemente na fisiologia humana.

Quando estamos nas montanhas altas, sentimos os efeitos da altitude. Depois de respirar o ar da montanha, a hemoglobina (ou glóbulo vermelho) transporta o oxigênio para todas as células do corpo através da corrente sanguínea. A quantidade de hemoglobina que temos no nosso sistema é adequada à quantidade de oxigênio que inalamos no nosso habitat natural. Porém na medida que subimos de altitude, a quantidade de oxigênio disponível diminui, e isso ocorre devido à variação da pressão atmosférica.


(Filippo Croso - Webventure)


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Quais são os efeitos da altitude no corpo humano?

O coração dispara, o pulmão fica sem ar... Parece paixão, mas é só a altitude
Acima de 8 mil metros
Nesta região, conhecida como zona da morte, o corpo humano, por mais aclimatado que esteja, morre aos poucos. O coração dispara para suprir a necessidade de ar, o que pode causar arritmia e até uma parada cardíaca. O aproveitamento do oxigênio cai para 30%

7 mil metros
Aqui, o frio é tão intenso - pode chegar a -70 ºC - e o ar tão seco que as partes internas do corpo (menos protegidas), como a laringe, correm o risco de congelar. A falta de oxigênio fica tão crítica que só pessoas muito habituadas conseguem ficar sem usar máscara de respiração

6 mil metros
Começa o risco de desidratação, pois a umidade e a pressão do ambiente são muito baixas. Com isso, a água é praticamente sugada do organismo. A radiação ultravioleta cresce 4% a cada 300 metros e pode provocar queimaduras até nas córneas

5 mil metros
Não existe povoação fixa no planeta depois dos 5 500 metros de altitude - isso porque ninguém é capaz de se adaptar a essa altitude durante todo o ano. O aproveitamento de oxigênio cai para 50% e a pessoa se sente como se estivesse com uma ressaca brava

Até 4 mil metros

Aos 3 mil metros, o organismo começa a reagir à falta de oxigênio no ar. É o que acontece com os moradores de La Paz (3?600 metros de altitude), que precisam mascar folhas de coca para suportar os efeitos da altitude: respiração mais acelerada e aumento da freqüência cardíaca

Cabeça nas nuvens
Do cérebro aos olhos, o corpo inteiro sofre nos picos
Olhos
A claridade, muito maior lá em cima, agride os olhos e pode provocar fadiga ocular ou cegueira momentânea. Ficar sem óculos de sol, nem pensar
Cérebro
O aumento da circulação sanguínea faz com que ele inche. Sem ter para onde se expandir, ele fica comprimido no crânio, o que causa dor de cabeça. A falta de O2 dá até alucinações
Paladar
A perda de líquidos desequilibra os sais do corpo, como o cloreto de sódio, e o paladar fica zoado. O alpinista pode perder o apetite e ter sintomas parecidos com os da anorexia
Tecidos
As áreas mais expostas são pés, mãos, dedos e nariz. O frio e o déficit de oxigênio podem matar esses tecidos - em alguns casos, é preciso amputá-los
Edemas
A pressão atmosférica mais baixa pode causar edemas pulmonares, cerebrais e oculares. Os vasos se rompem e os órgãos começam a acumular líquidos
Sangue
A freqüência cardíaca aumenta e mais glóbulos vermelhos, que transportam O2, são produzidos e vão para o sangue. Ele fica mais espesso, um problema para vasos mais finos
Pulmões
Quanto maior a altitude, menos denso o ar e menor a quantidade de O2. O ritmo com que buscamos ar aumenta e mais gás carbônico é eliminado, o que altera a acidez do sangue
(Lorena de Oliveira)



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São 3 as principais doenças de altitude que parecem estar ligadas umas às outras. De fato, são 3 coisas diferentes:

Sintomas do Mal de Montanha Agudo

Também chamado "soroche" em castelhano ou "AMS" em inglês, esta é a primeira das doenças que pode ser adquirida durante sua permanência em grandes altitudes. O Mal da Montanha é bem comum e pelo menos 60% dos escaladores passa por isso. A principal causa é uma má aclimatação. Se não tratado, o Mal de Montanha pode evoluir para um quadro pior como edema pulmonar ou cerebral.

O principal sintoma, é uma interminável dor de cabeça, que geralmente aparece à noite e acabará com seu sono. Falta de apetite, respiração estranha e cansaço virão em seguida.
Antes de utilizar comprimidos, tente simplesmente parar de subir e descansar. Se não houver melhora, aí sim, apele para as drogas ou comece a descer. Geralmente, uma noite a 400 metros de altitude a menos irá resolver o seu problema. Às vezes, a preguiça é agravada pelo Mal de Montanha e mais uma noite na mesma altitude pode ser grave. Já vi pessoas irem dormir com uma leve dor de cabeça e acordarem com edema pulmonar grave. Tenha bom senso, pois alguém terá que te ajudar a descer se o seu quadro for grave e isso colocará esse alguém em risco também.

Sintomas do Edema Pulmonar

É raro que um edema pulmonar agudo se desenvolva nos primeiros dias de estadia em altitudes superiores a 3500 metros. No entanto, há casos de edemas pulmonares após 2 dias de permanência nesta altitude. Isso vai depender de sua programação genética. Se você está lendo este texto, você provavelmente não sabe a que altitude você começa a se sentir mal, portanto, esteja atento aos sintomas:

Em casos de edema pulmonar, é observada uma tosse sem produção de secreções. Nos casos graves, uma espuma rosa é produzida. A respiração ficará extremamente pesada e desconfortável. Mesmo sem praticar atividades físicas, o ritmo respiratório estará com uma freqüência mais elevada que o normal. A freqüência cardíaca também ficará elevada sem a prática de exercícios. Em casos graves é possível escutar um "ruído" nos pulmões da vítima a cada inspiração e expiração. É comum que a ponta dos dedos e lábios ganhem um tom roxo.

Oxigênio engarrafado fará um bom trabalho nos pulmões da vítima, conecte esta no oxigênio a 6 lt/minuto. O tratamento de edemas pulmonares é um tanto simples: perder altitude. O problema é que às vezes a vítima não se encontra em condições de caminhar e é preciso carregá-la. Se for realmente preciso mantêr a vítima na mesma altitude até que um helicóptero chegue ou um resgate seja providenciado, é crucial que a vítima seja colocada numa câmera hiperbárica. É comum encontrar daquelas infláveis em acampamentos bases de montanhas movimentadas. A câmera hiperbárica inflável geralmente simula altitudes de 2000 metros inferiores da verdadeira. Isso é uma mão na roda para o doente, mas é horrível para a pessoa que fica do lado de fora bombeando ar constantemente com uma bomba. Vasodilatadores são usados no tratamento de edemas pulmonares.

Sintomas do Edema Cerebral

O edema é causado por fluído retido no cérebro e por conseqüência este acaba inchado. Das 3 doenças de altitude, esta é a que mata mais rápido e este é raro abaixo de 4000 metros de altitude. À primeira vista, uma pessoa com edema cerebral, parece estar bêbada. Os principais sintomas são náuseas, fortes dores de cabeça, vômitos, confusão mental, dificuldade na tomada de decisões, problemas com memória e eventualmente, coma e morte. Sem tratamento, imediato, um quadro de pré-edema cerebral, pode evoluir ao óbito em questão de horas. Neste caso, também devemos descer a vítima à altitudes inferiores. Se a descida não for possível, é necessário o tratamento com potentes esteróides para desinchar o cérebro. Assim como em casos de edema pulmonar, a vítima deveria ser tratada com oxigênio suplementar à razão de 6 lt/minuto.
(Gente de Montanha)

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(Webventure)


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