Como usar o Filtro Solar Corretamente




- Quando Aplicar?
O ideal é aplicar 30 minutos antes da exposição ao Sol

- Quanto Aplicar?
A quantidade correta de filtro solar deve observar a seguinte proporção - a quantidade de filtro que couber em um dedo indicador é o suficiente para proteger uma área equivalente ao dorso de sua mão.

- Como aplicar?
Espalhe o filtro solar suavemente até deixar por toda a pele uma superfície esbranquiçada, não devemos esfregar o produto até ele ficar transparente.

- Quando renovar?
O indicado é renovar a aplicação de filtro solar, no mínimo a cada 2 horas e sempre que entrar na água.

- Qual o Fator de Proteção eu devo usar?
O fator de proteção solar vai depender do seu tipo de pele porem um fator seguro é igual ou superior a 15.




Fonte: www.saudenainternet.com.br

Cuidados com o Sol I




Quem fica exposto ao Sol deve se proteger usando protetor solar com um fator de proteção no mínimo 15 (FPS), pois é no verão que a radiação solar é mais prejudicial à saúde de nossa pele. Especialistas alertam que o uso do filtro solar é essencial para se evitar queimaduras e câncer de pele, porém tem de ser usado da maneira correta.

Um bom exemplo de prática comum - e errônea - é passar o filtro solar na hora de praticar atividade física ou se expor ao sol. O ideal é passar o filtro com um período mínimo de 30 minutos antes da exposição ao sol. A renovação da proteção também costuma ser desrespeitada pelas pessoas.

A renovação é importante também para pessoas que praticam esportes aquáticos. No caso do triathlon, por exemplo, é fundamental o atleta passar protetor solar depois da natação. Por mais que o produto indique que não sai na água, a sua eficácia diminui bastante.

Efeitos da altitude


Em altitude há um aumento no ritmo da respiração e do batimento cardíaco, é comum também experimentar dor de cabeça, insônia, apnéia durante o sono, tosse, perda de apetite, enjôo, vômitos, diminuição da coordenação motora e fadiga. A urina, que no processo de aclimatação tende a aumentar, agora diminui devido à desidratação que o corpo passa. Em altitude o ambiente externo, muito seco e de baixa pressão, "suga", quase que por osmose, o líquido em nosso corpo. Perde-se muita água apenas respirando. É muito importante manter-se bem hidratado, mesmo quando não há sinais de sede. É recomendável também evitar bebidas alcólicas, pois o alcool contribui na desidratação.

A síndrome de altitude pode se agravar para um edema pulmonar e/ou cerebral. Fluídos invadem os pulmões, causando crises de tosse fortíssimas e eventualmente podendo literalmente afogar a pessoa. No caso de edema cerebral há uma dilatação do cérebro (também devido ao vazamento de fluídos) no compartimento rígido do crânio, causando fortes dores de cabeça, perda de coordenação e incapacidade de raciocínio. Ambos os casos de edema, se não tratados a tempo, podem levar à morte.

Para a melhora desses sintomas existem algumas drogas que podem ser administradas, mas o tratamento ideal (quando possível) é simplesmente baixar de altitude. Existe um velho ditado de montanha que serve de receita a uma boa aclimatação: Suba alto durante o dia, durma baixo à noite (climb high, sleep low).

Cada pessoa responde de forma única à altitude, a própria genética determina em parte a facilidade ou dificuldade nessa adaptação, mas de forma geral a aclimatação se torna mais eficiente quando feita de forma gradual e quando a pessoa está bem condicionada fisicamente. O estado emocional também conta, pois o stress tem um efeito vaso constritor, prejudicando a circulação do sangue. Detalhes como não fumar, e uma boa dieta, facilitam na adaptação à altitude.

Existe também a memória fisiológica, como aponta o montanhista Tiaraju Fialho: "A memória fisiológica fica gravada no organismo, acelerando os processos fisiológicos de aclimatação de quem já esteve mais vezes em grandes altitudes. Lembro de uma entrevista do Kukuczka*, ao retornar da primeira invernal ao Kanchenjunga, na qual ele dizia que a melhor aclimatação era estar lá, sempre!"

*Jerzy Kukuczka, escalador polonês de alta montanha. Em 1987 se tornou o segundo homem depois de Reinhold Messner a ter escalado todas as montanhas com mais de 8000 metros do mundo. O alpinista morreu durante uma tentativa de escalar a face sul do Lhotse, no Nepal, em 24 de outubro de 1989, a uma altitude de cerca de 8200 metros.

(Webventure)


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Ar rarefeito e aclimatação

A composição do ar é de aproximadamente 78% nitrogênio, 21% oxigênio e o 1% restante é composto de vapor de água, dióxido de carbono, metano e outros gases. Todos esses elementos estão confinados em uma camada da atmosfera chamada troposfera, que se estende da superfície do planeta até a base da estratosfera, tendo uma espessura que varia de 17 km nos trópicos a 7 km nos pólos. Todo esse ar tem um peso na superfícia do planeta, e embora a concentração de O2 no ar permaneça praticamente a mesma (21%) tanto ao nível do mar como a 8000m de altitude, a pressão diminui na medida que a altitude aumenta, devido ao peso do ar ser menor nas altitudes elevadas (menos ar em cima).

Com a diminuição da pressão atmosférica, o ar vai se tornando rarefeito, menos denso, e o número de moléculas de O2 disponíveis por metro cúbico diminui. Ou seja, não é que exista menos oxigênio no ar, mas sim menos ar no ambiente. Conseqüentemente, menos oxigênio disponível para ser respirado.

Com menos oxigênio entrando nos pulmões, a hemoglobina presente no sangue não consegue transportar a quantidade necessária de oxigênio para manter o equilíbrio das funções fisiológicas do corpo. O montanhsita Antonio Paulo Faria escreve no seu livro Montanhismo Brasileiro – Paixão e Aventura: "No nível do mar a hemoglobina pode transportar 19,5 ml de oxigênio em cada 100 ml de sangue; a 3000m de altitude a mesma quantidade de hemoglobina só consegue transportar 18,5 ml para cada 100 ml de sangue, ou seja, só há 95% de oxigênio disponível; a 8000m a mesma quantidade de hemoglobina só consegue transportar 8,5 ml para cada 100 ml de sangue."

Na privação de oxigênio, o corpo humano entra em um estado conhecido como hipoxia. É imprescindível uma adaptação a esse novo ambiente para sobreviver, e este processo de adaptação é conhecido no montanhismo como aclimatação. Nos primeiros dias em altitude, os rins, órgãos extremamente sensíveis à química do sangue, reagem secretando um hormônio conhecido como EPO (Eritropoietina), que aumenta a produção de glóbulos vermelhos na corrente sanguínea e a capacidade muscular. Os rins também mandam mais água para a bexiga, que sai na forma de urina, fazendo com que o corpo elimine uma quantidade maior de fluídos. Essa diurese, e o aumento de células vermelhas, torna o sangue mais espesso, o que pode em alguns casos interferir na irrigação de vasos mais finos, normalmente encontrados nas extremidades (circulação periférica).

Nesse aspecto, o escalador Maurício Clauzet coloca: "A hidratação é fundamental, não exatamente ao processo de aclimatação, mas à reação do corpo ao aclimatar. O aumento de hemácias torna o sangue mais espesso, viscoso, e isso prejudica a irrigação das extremidades e tecidos muito capilarizados, facilitando o congelamento dessas partes."

Samantha Chu acrescenta: "a hidratação é essencial, pois com o frio as pessoas sentem menos necessidade de ingerir água, correndo maior risco de se desidratar, o que acontece em lugares frios independentemente da altitude. As pessoas não sentem sede porque não sentem calor mas continuam transpirando e perdendo água através da respiração e transpiração. Além disso deve-se lembrar que ingerimos uma quantidade significante de água através dos alimentos no dia-a-dia o que não acontece em altitude devido à natureza dos alimentos ingeridos, geralmente desidratados, liofilizados, etc, ou seja, sem água. E, especialmente em altitude, é essencial que o organismo tenha água para poder funcionar normalmente. O ideal é ingerir pelo menos os 3 litros/dia recomendados, porque perdemos água sem perceber."

Quando o corpo não consegue se aclimatar à altitude, seja por subir muito rápido, não dando tempo suficiente ao organismo para se adaptar, ou por outros fatores, inclusive genéticos, ou em situações onde o corpo está aclimatado, mas permanece exposto à altitude por um período muito prolongado, existe o risco da pessoa entrar em um estado conhecido como "síndrome de altitude", ou "mal da montanha", que nos casos mais extremos pode se agravar e levar a um edema pulmonar e/ou edema cerebral.
(Filippo Croso - Webventure)





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Fisiologia de Montanha - Consequências ao organismo

Edema Pulmonar

Causado por perda de fluídos sangüíneos através de osmose. Os escaladores começam a perder a capacidade pulmonar gradativamente e tossir tais fluídos. Edemas pulmonares podem ser fatais se não tratados em questão de horas. Um bom remédio para este tipo de edema é simplesmente perder altitude. Este tipo de edema geralmente acontece quanto o escalador não se aclimata corretamente. Algumas pessoas, mesmo depois de longos processos de aclimatação, acabam contraindo edemas pulmonares. Um quadro de mal de montanha pode evoluir para edema pulmonar severo em questão de horas. Cada pessoa responde diferentemente à altitude e para os que ainda não tem experiência, é melhor se prevenir e ficar cauteloso ante edemas pulmonares.

Aumento da Hemoglobina

Estimulada pela falta de oxigênio (hipóxia) a medula óssea produz mais células vermelhas para assim conduzir mais oxigênio para o corpo. Por um lado, isso é bom pois o sangue contém mais oxigênio, mas por outro (aliás, outros dois), o sangue coagula facilmente, especialmente com a desidratação que é normal em altitudes extremas. Pelo fato do sangue se tornar mais espesso, ele circula com mais dificuldade pelo corpo, especialmente nas extremidades. Isso faz com que as calorias sejam mal distribuídas, podendo levar um membro ao congelamento em questão de minutos.

Edema Cerebral

Acima de 4000 metros, um coração normal bombeia muito mais sangue do que se estivesse ao nível do mar. Com o acréscimo da circulação e uma atmosfera 3 vezes menor que o normal, a pressão corporal faz que mais fluídos sanguíneos permaneçam no tecido cerebral. Inicialmente, isso causa dores de cabeça e náuseas. Mas depois de alguns dias de má aclimatação, isso pode chegar a rupturas de vasos sanguíneos e logo à morte. Pessoas com esse tipo de derrames devem ser levadas a altitudes mais baixas imediatamente, caso contrário não há forma de evitar a morte.

Hemorragias retinais

O excesso de fluído sanguíneo nos olhos e também o excesso de hemoglobina, pode causar pequenas rupturas nos vasos capilares na retina. Isso chega a ser normal acima de 5000 metros, é indolor e causa pequenas bolhas de sangue na retina. Mais tarde, essas bolhas podem se tornar maiores e causar perca temporária da visão, que pode ser irreversível.


Desidratação

Para manter o ritmo da circulação, os pulmões acabam trabalhando muito mais do que o normal. Muito mais água é perdida pelo vapor expirado, e isso pode levar logo à desidratação. Médicos recomendam que os escaladores bebam aproximadamente 6 litros por dia. Mas em si, isso já é uma luta, já que a água é conseguida por derretimento de neve. Náuseas e falta de sede, mesmo com a desidratação, são muito comuns nas altitudes extremas.


Fadiga Muscular

Devido ao consumo excessivo de oxigênio, os músculos ficam cansados facilmente. O gasto calórico chega a 2 ou 3 vezes maior que o nível do mar. Mesmo as simples atividades como respirar e dormir, acabam tornando-se cansativas. As reservas de energia dos músculos é consumida rapidamente se a necessidade calórica não for suprida pela alimentação. Acima de 5500 metros de altitude, o corpo não consegue repor mais os gastos, a massa muscular é consumida rapidamente. Isso faz parte da deterioração a que o escalador é submetido em altitudes extremas.

Digestão

O excessivo gasto calórico e também o excessivo consumo de oxigênio por parte dos músculos de maior porte (pernas, braços, abdómen), deteriora o processo da digestão nas grandes altitudes. Os músculos digestivos não trabalham mais como nas altitudes baixas. A zona acima de 5500 metros é chamada de "zona da morte" exatamente por isso. Até este ponto, o consumo calórico e de oxigênio, se balanceiam. Atividades simples como respiração, não requerem tanto oxigênio e calorias, sobrando assim, recursos para a digestão. Mas acima desta altitude, o processo se inverte e o corpo começa a se auto-consumir. A massa muscular é consumida rapidamente. Numa aclimatação mal sucedida (ou mesmo na bem sucedida), é comum que o escalador adquira diarréia. Falta de apetite e ausência de sede também são comuns nas grandes altitudes. É normal numa escalada a uma montanha de 6000 metros, que o escalador perca de 5 a 10 kg de massa. Em 1986, o espanhol Fernando Garrido quebrou o record mundial de permanência em altitude. Ele ficou mais de 60 dias no cume do Aconcágua, com 6962 metros. Garrido perdeu mais de 22 kg e teve que ser resgatado!

Congelamentos

O processo de produção de glóbulos vermelhos no sangue chega a duplicar nos primeiros dias a 5000 metros de altitude. Isso consome grandes quantidades de água e energia. Com maiores quantidades de hemoglobina e glóbulos vermelhos, o sangue ganha maior capacidade de captação de O2. Consequentemente, este fica muito mais espesso. As extremidades corporais (dedos, orelhas, nariz) são as mais afetadas pois não recebem sangue com a mesma rapidez que em altitudes baixas. O frio extremo retira calorias com muito mais rapidez destas extremidades, resultando em congelamento. Para ajudar com o processo de captação de oxigênio, o coração bombeia sangue com mais rapidez, o que gasta mais calorias que já eram quase ausentes.

Mesmo com roupas de penas de ganso (um dos melhores isolantes térmicos existentes) ou de fibras sintéticas, o corpo não quase não consegue produzir calorias e destiná-las às extremidades. A idéia das roupas é de parar um pouco a perca do calor do corpo para o ambiente. Frio de 30 graus negativos é totalmente diferente quando se está a 6000 metros e ao nível do mar. A perca de calor é muito maior nas grandes altitudes.


Beber água e se aclimatar bem é a chave para prevenção de congelamentos em altitude. Mantêr o sangue num estado liqüefeito normal fará com que a circulação nas extremidades corporais seja constante, o que diminuirá os riscos de congelamentos. O uso de aspirinas como medida preventiva é também uma boa estratégia. A aspirina contribui não deixando o sangue engrossar tanto durante o processo de aclimatação.

Nunca é demais dizer: Preste atenção no que você compra para colocar nas suas mãos e pés!!! Em cadeias montanhosas baixas como os Alpes, ou mesmo montanhas baixas ao redor de 4500 metros nos Andes, é aceitável o uso de botas semi-rígidas. Acima disso, ou em cadeias montanhosas nas extremas latitudes (Antártida, Alaska), no mínimo, são necessárias botas-plásticas. Em montanhas de 6000 metros no Alaska e Antártida e em montanhas de 8000 metros é preciso algo mais. Botas com polainas e isolamento incorporado como as Millet OneSport® ou Everest®, dominam os pés dos escaladores nas grandes altitudes. No entanto, é possível escalar com botas plásticas pesadas, com cobre-botas de neoprene.

Luvas têm as suas limitações e por haverem tantos tipos e modelos é difícil uma apropriada. Sempre tenha uma luva nas mãos, mesmo na hora de manipular equipamentos. Há tipos de luvas bem finas que cumprem esta função. À temperaturas ambientes menores que -20†C, é imprescindível o uso de mitons. Não podemos esquecer que adição de vento (sensação térmica menor) e humidade (condução maior), podem fazer com que o seu corpo perca muito mais calorias.

Um grande salto na prevenção de congelamentos nos pés e mãos, foi a invenção de aquecedores químicos. Geralmente estes vêm em pequenos sacos de tecido, pouco maiores que um saquinho de chá. Ao entrar em contato com o ar, eles produzem calor de até 80†C. Aquecedores químicos podem ser usados no interior de luvas e botas e geram calor por até 8 horas.

(Maximo Kausch)

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Efeitos da altitude na fisiologia e o processo de aclimatação
O corpo humano é perfeitamente adaptado para operar no habitat em que nasce e vive a maior parte da sua vida. Condições de temperatura, pressão, gravidade e radiação, entre outros fatores, fazem parte das variáveis que atuam sobre nossos processos físicos, químicos e biológicos.

Imagine como seria se a força da gravidade fosse como a da Lua, onde um salto para cima nos ergueria vários metros do solo. Com a nossa musculatura terraquea poderíamos escalar XI grau com facilidade. Por outro lado, em Júpiter, não conseguiríamos nem dar um passo, e provavelmente seríamos esmagados só com o peso do próprio corpo. Aliás é um absurdo em filmes de ficção científica, os personagens se deslocando por diversos planetas diferentes e caminhando como se todos os planetas tivesses exatamente 1G de gravidade. Muito inverossímil... essas mentiras só perdem para os filmes de escalada feitos pelos mesmos estúdios de cinema.

E a radiação solar? Se não fosse a camada de ozônio e o campo eletromagnético da Terra para nos proteger dos ventos solares, estaríamos fritos, literalmente. O mesmo acontece em relação à temperatura e pressão. Existe um equilíbrio interno que rege o bom funcionamento do corpo humano, e qualquer alteração nas condições externas irá ter uma influência neste equilíbrio, e conseqüentemente na fisiologia humana.

Quando estamos nas montanhas altas, sentimos os efeitos da altitude. Depois de respirar o ar da montanha, a hemoglobina (ou glóbulo vermelho) transporta o oxigênio para todas as células do corpo através da corrente sanguínea. A quantidade de hemoglobina que temos no nosso sistema é adequada à quantidade de oxigênio que inalamos no nosso habitat natural. Porém na medida que subimos de altitude, a quantidade de oxigênio disponível diminui, e isso ocorre devido à variação da pressão atmosférica.


(Filippo Croso - Webventure)


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Quais são os efeitos da altitude no corpo humano?

O coração dispara, o pulmão fica sem ar... Parece paixão, mas é só a altitude
Acima de 8 mil metros
Nesta região, conhecida como zona da morte, o corpo humano, por mais aclimatado que esteja, morre aos poucos. O coração dispara para suprir a necessidade de ar, o que pode causar arritmia e até uma parada cardíaca. O aproveitamento do oxigênio cai para 30%

7 mil metros
Aqui, o frio é tão intenso - pode chegar a -70 ºC - e o ar tão seco que as partes internas do corpo (menos protegidas), como a laringe, correm o risco de congelar. A falta de oxigênio fica tão crítica que só pessoas muito habituadas conseguem ficar sem usar máscara de respiração

6 mil metros
Começa o risco de desidratação, pois a umidade e a pressão do ambiente são muito baixas. Com isso, a água é praticamente sugada do organismo. A radiação ultravioleta cresce 4% a cada 300 metros e pode provocar queimaduras até nas córneas

5 mil metros
Não existe povoação fixa no planeta depois dos 5 500 metros de altitude - isso porque ninguém é capaz de se adaptar a essa altitude durante todo o ano. O aproveitamento de oxigênio cai para 50% e a pessoa se sente como se estivesse com uma ressaca brava

Até 4 mil metros

Aos 3 mil metros, o organismo começa a reagir à falta de oxigênio no ar. É o que acontece com os moradores de La Paz (3?600 metros de altitude), que precisam mascar folhas de coca para suportar os efeitos da altitude: respiração mais acelerada e aumento da freqüência cardíaca

Cabeça nas nuvens
Do cérebro aos olhos, o corpo inteiro sofre nos picos
Olhos
A claridade, muito maior lá em cima, agride os olhos e pode provocar fadiga ocular ou cegueira momentânea. Ficar sem óculos de sol, nem pensar
Cérebro
O aumento da circulação sanguínea faz com que ele inche. Sem ter para onde se expandir, ele fica comprimido no crânio, o que causa dor de cabeça. A falta de O2 dá até alucinações
Paladar
A perda de líquidos desequilibra os sais do corpo, como o cloreto de sódio, e o paladar fica zoado. O alpinista pode perder o apetite e ter sintomas parecidos com os da anorexia
Tecidos
As áreas mais expostas são pés, mãos, dedos e nariz. O frio e o déficit de oxigênio podem matar esses tecidos - em alguns casos, é preciso amputá-los
Edemas
A pressão atmosférica mais baixa pode causar edemas pulmonares, cerebrais e oculares. Os vasos se rompem e os órgãos começam a acumular líquidos
Sangue
A freqüência cardíaca aumenta e mais glóbulos vermelhos, que transportam O2, são produzidos e vão para o sangue. Ele fica mais espesso, um problema para vasos mais finos
Pulmões
Quanto maior a altitude, menos denso o ar e menor a quantidade de O2. O ritmo com que buscamos ar aumenta e mais gás carbônico é eliminado, o que altera a acidez do sangue
(Lorena de Oliveira)



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São 3 as principais doenças de altitude que parecem estar ligadas umas às outras. De fato, são 3 coisas diferentes:

Sintomas do Mal de Montanha Agudo

Também chamado "soroche" em castelhano ou "AMS" em inglês, esta é a primeira das doenças que pode ser adquirida durante sua permanência em grandes altitudes. O Mal da Montanha é bem comum e pelo menos 60% dos escaladores passa por isso. A principal causa é uma má aclimatação. Se não tratado, o Mal de Montanha pode evoluir para um quadro pior como edema pulmonar ou cerebral.

O principal sintoma, é uma interminável dor de cabeça, que geralmente aparece à noite e acabará com seu sono. Falta de apetite, respiração estranha e cansaço virão em seguida.
Antes de utilizar comprimidos, tente simplesmente parar de subir e descansar. Se não houver melhora, aí sim, apele para as drogas ou comece a descer. Geralmente, uma noite a 400 metros de altitude a menos irá resolver o seu problema. Às vezes, a preguiça é agravada pelo Mal de Montanha e mais uma noite na mesma altitude pode ser grave. Já vi pessoas irem dormir com uma leve dor de cabeça e acordarem com edema pulmonar grave. Tenha bom senso, pois alguém terá que te ajudar a descer se o seu quadro for grave e isso colocará esse alguém em risco também.

Sintomas do Edema Pulmonar

É raro que um edema pulmonar agudo se desenvolva nos primeiros dias de estadia em altitudes superiores a 3500 metros. No entanto, há casos de edemas pulmonares após 2 dias de permanência nesta altitude. Isso vai depender de sua programação genética. Se você está lendo este texto, você provavelmente não sabe a que altitude você começa a se sentir mal, portanto, esteja atento aos sintomas:

Em casos de edema pulmonar, é observada uma tosse sem produção de secreções. Nos casos graves, uma espuma rosa é produzida. A respiração ficará extremamente pesada e desconfortável. Mesmo sem praticar atividades físicas, o ritmo respiratório estará com uma freqüência mais elevada que o normal. A freqüência cardíaca também ficará elevada sem a prática de exercícios. Em casos graves é possível escutar um "ruído" nos pulmões da vítima a cada inspiração e expiração. É comum que a ponta dos dedos e lábios ganhem um tom roxo.

Oxigênio engarrafado fará um bom trabalho nos pulmões da vítima, conecte esta no oxigênio a 6 lt/minuto. O tratamento de edemas pulmonares é um tanto simples: perder altitude. O problema é que às vezes a vítima não se encontra em condições de caminhar e é preciso carregá-la. Se for realmente preciso mantêr a vítima na mesma altitude até que um helicóptero chegue ou um resgate seja providenciado, é crucial que a vítima seja colocada numa câmera hiperbárica. É comum encontrar daquelas infláveis em acampamentos bases de montanhas movimentadas. A câmera hiperbárica inflável geralmente simula altitudes de 2000 metros inferiores da verdadeira. Isso é uma mão na roda para o doente, mas é horrível para a pessoa que fica do lado de fora bombeando ar constantemente com uma bomba. Vasodilatadores são usados no tratamento de edemas pulmonares.

Sintomas do Edema Cerebral

O edema é causado por fluído retido no cérebro e por conseqüência este acaba inchado. Das 3 doenças de altitude, esta é a que mata mais rápido e este é raro abaixo de 4000 metros de altitude. À primeira vista, uma pessoa com edema cerebral, parece estar bêbada. Os principais sintomas são náuseas, fortes dores de cabeça, vômitos, confusão mental, dificuldade na tomada de decisões, problemas com memória e eventualmente, coma e morte. Sem tratamento, imediato, um quadro de pré-edema cerebral, pode evoluir ao óbito em questão de horas. Neste caso, também devemos descer a vítima à altitudes inferiores. Se a descida não for possível, é necessário o tratamento com potentes esteróides para desinchar o cérebro. Assim como em casos de edema pulmonar, a vítima deveria ser tratada com oxigênio suplementar à razão de 6 lt/minuto.
(Gente de Montanha)

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Altitude - ACLIMATAÇÃO

A altitude é uma conquista e também um desafio para aqueles que apreciam as alturas. Sempre que se trata de uma aventura, ou de superação de limites da natureza é importante conhecimento de causa para que grandes momentos não se tornem desagradáveis e até fatais.
Então o Brasil RS foi buscar a palavra de quem entende do assunto e sabe tudo que pode acontecer depois que se supera o desafio de determinadas ‘alturas’, e deixamos a s dicas deles aqui para você planejar mais tranqüilo seu próximo ‘pico’!



Antes de altitude ... aclimatação!


* Aclimatação de Verdade

Se a aclimatação não fosse necessária, as escaladas seriam realmente mais fáceis e não teríamos que nos concentrar tanto numa atividade que não é a de chegar no cume.

Muitos leigos, ao observar as idas e vindas aos acampamentos, acabam não entendendo o porquê desta "enrolação" e terminam por não enxergar a objetividade de todo este planejamento.

Aclimatação é a pior parte de uma expedição à altitude e também, a principal. É aquele processo chato, em que você tem que esperar o seu corpo se adaptar às condições atmosféricas extremas, cujo corpo não conseguiria suportar em altitudes normais.

Essas condições consistem em: pressão menor, baixo teor de oxigênio e ambiente de altitude. O processo de aclimatação é um tanto quanto simples:

Primeiramente, devemos lembrar que todos os corpos são diferentes e se aclimatam em tempos e formas diferentes. Generalizando, os primeiros problemas podem começar a acontecer acima de 2900 metros de altitude. É por esta razão (e também para economizar dinheiro), a pressão de cabine de aviões nunca simula altitudes maiores que 2900 metros. Um dos primeiros sintomas que se sente ao chegar em altitudes superiores é a sonolência. Novamente, as companhias aéreas se aproveitam deste fato, já que boa parte dos passageiros vai ter sono e não consumirá tantos recursos durante o vôo.

Entretanto, em algumas pessoas, os problemas só começam a aparecer acima de 5000 metros. Não devemos ter estes sortudos em conta na hora de aclimatar. Aparentemente, esta "sorte" é uma predestinação genética e não depende de praticar esportes, beber água ou comer bem.

A aclimatação perfeita começa antes mesmo de subirmos a montanha. Uma boa preparação para se aclimatar bem é praticar esportes que exijam do seu cardiovascular. Além disso, é recomendável beber muita água começando um dia antes de passar da linha dos 3000 metros.

Ao detectar a baixa presença de oxigênio na atmosfera, o corpo começa a produzir mais glóbulos vermelhos. O aumento na presença destes, causa com que o sangue fique mais espesso, o que pode trazer problemas à tecidos pulmonares e cerebrais. Para evitar esses problemas, devemos fazer com que o sangue se mantenha liquefeito através de hidratação. Beber água, certamente é o que mais ajudará a aclimatação. É sempre bom observar a cor da urina durante a sua subida. Urina mais escura evidencia uma hidratação pobre.

Ao passar dos 3000 metros de altitude, é realmente importante que se tenha uma estratégia de aclimatação. As melhores estratégias vão depender dos corpos de cada um e você só vai saber qual é a que melhor se adapta a você através de experiência. Aparentemente, uma lenta mas eficiente estratégia, parece funcionar para todos: "carregar alto de dormir baixo", ou seja, depositar cargas em lugares altos e voltar a dormir num lugar mais baixo.

Devemos lembrar que não é só à baixa presença de oxigênio que o corpo deve se acostumar, mas também à baixa pressão externa, o que leva tempo. O fato de subirmos à altitudes superiores do que a que iremos dormir, de certa forma, engana o corpo e estimula uma extra produção de glóbulos vermelhos antecipadamente.

Acima de 3000 metros

Na teoria, deveríamos passar pelo menos uma noite a 3000 metros antes de continuarmos aos 4000. Após passar pelo menos 2 noites acima de 4000 metros, aí sim, deveríamos iniciar a estratégia de carregar alto e dormir baixo... chega a ser infalível. Tenha em mente que longas e exaustivas caminhadas não vão ajudar em nada na aclimatação, tente pegar leve no começo.

Exaustão X Aclimatação

Muitas pessoas, como eu, acabam exagerando nos dias enquanto ainda se sentem bem. Isso geralmente se dá abaixo dos 5000 metros. Chegar exausto a um acampamento, não vai ajudar em nada na sua aclimatação. Num caso de exaustão, o seu corpo vai priorizar a recuperação física no lugar da adaptação às altitudes. Assim, se degradará rapidamente e o seu processo de aclimatação vai passar por uma "pausa". É de vital importância que você se resguarde e não gaste demasiada energia, mesmo que você a tenha. Como você vai ter tempo de se recuperar depois, o ataque ao cume é a única situação em que a queima total da energia corporal é aceitável. É importante lembrar que a subida ao cume é somente metade do caminho.

Zona da Morte - acima de 5500 metros

O nome é assustador, mas se a aclimatação for bem planejada, você pode escapar ileso desta zona. O nome vêm desta faixa de altitude, onde a relação consumo / obtenção de calorias, se desbalanceia e você acaba gastando mais do que o seu corpo consegue absorver. E sim, de fato, se você permanecer ali por alguns meses, poderá até morrer. Se a montanha em questão tiver mais que 7000 metros de altitude, mantenha uma base montada ao redor de 5500 metros, assim você poderá voltar para dormir após os seus trabalhos e não se desgastar tanto. Não ascenda mais que 1000 metros por dia. Não leve isso ao pé da letra, já não é em todas as montanhas que podemos dormir a exatamente 1000 metros acima do último acampamento.

Em terceiro, volte à sua base, após qualquer atividade nos acampamentos mais altos. Aumente a quantidade de dias de permanência nos acampamentos altos gradativamente. Nestas altitudes, é fundamental manter uma boa alimentação. Cozinhar por si só é algo muito fatigante, não só porquê temos que derreter neve, mas porquê nunca se tem vontade de comer nas altitudes. O gasto calórico é absurdamente alto, e se uma boa dose de calorias não for absorvida todo dia, seu corpo se dregadará em poucos dias, além disso, sua aclimatação será prejudicada. É fundamental pelo menos uma descida à altitudes de pelo menos 4000 metros para descansar e se recuperar da chamada Zona da Morte. Relaxe e coma bem nesta descida.

A permanência em altitudes superiores a 7500 metros, não ajudará em nada na sua aclimatação. Subidas nestas altitudes requerem longos períodos de descanso, e é somente recomendável superar os 7500 metros durante o ataque ao cume.

Se a montanha em questão tem entre 6000 e 7000 metros de altitude, é possível subir sem ter que descansar tanto. A degradação corporal numa montanha de 6000 metros chega a ser aceitável e para não permanecer tanto tempo na altitude, é até melhor ficar somente alguns dias ao redor de 5500 metros antes de atacar o cume.

Por fim, lembre-se que você pode ser um dos escolhidos, que assim como eu, vai ter que ficar mais tempo do que o normal para se aclimatar. Uma aclimatação ruim vai tornar tudo mais difícil. Qualquer atividade, o mais simples que seja, vai ser mais dolorosa e sacrificadora. Lembre-se como o seu corpo reagiu na sua última estadia na altitude e tente escolher a estratégia certa para o seu corpo.
(Maximo Kausch)




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